Em uma primeira rodada de conversas “oficiais” envolvendo um projeto político para 2014, o senador Fernando Collor de Mello (PTB) conversou - na manhã desta segunda-feira, 17 - com petistas. Presente na reunião, o presidente do Partido dos Trabalhadores, em Alagoas, Joaquim Brito, e o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão.

 

No encontro, Collor voltou a defender a reedição do chapão (agrupando em Alagoas a maioria dos partidos que forma a base da presidenta Dilma Rousseff (PT)). Só que agora, na visão do senador petebista, numa frente encabeçada pelo senador Renan Calheiros (PMDB).

 

Como comentei anteriormente, o presidente do Congresso Nacional prefere a cautela. Collor - ao insistir neste discurso; como apontam os bastidores - quer saber a posição de Calheiros para decidir se disputaria o Palácio República dos Palmares ou o Senado Federal. 

 

O encontro ocorreu em um hotel da capital alagoana. PT e PTB mostraram o óbvio: oposição ao governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB) e a necessidade da construção de uma frente com prospecções políticas para 2014. Ao PT, o papel de coadjuvante de luxo em Alagoas. Ou seja: foco no espaço para as proporcionais (Câmara Federal e Assembleia Legislativa).

 

Se vingar a candidatura de Collor ao governo, quem sabe vice do petebista. Se Renan Calheiros decidir ser candidato, pode acabar ocupando este espaço também, quem sabe. Para Collor, abraçar o PT é ampliar o poder de diálogo com setores de sindicatos e movimentos sociais. 

 

O petebista sabe que em eleições larga na frente, mas sempre chega atrasado! Precisa renovar seu público-eleitor. Por isso, os investimentos em comunicação e marketing, evidentemente. 

 

Oficialmente, Collor ressalta que a união é dos partidos que “se mostram contrários ao governo do Estado em uma oposição consciente”. É aí que cita o nome do senador Renan Calheiros convocando-o à missão da candidatura ao Palácio. “Reúne as credenciais. É o melhor para o nosso Estado”, frisa o petebista. 

 

Para Joaquim Brito, a união com Collor é natural (atualmente!) em função da base de sustentação do governo Dilma e a pauta comum das “necessidades de Alagoas”.  O petista - conforme reportagem publicada na Gazetaweb - levantou a possibilidade de PT e PTB se unirem em uma majoritária, mas também falou da possibilidade mais que real do apoio a Renan Calheiros.

Estou no twitter: @lulavilar