Após dois dias de julgamento, o defensor público Evaldo Dantas Segundo conseguiu absolver, na madrugada de hoje, as irmãs Sirlene e Sirleide da Silva, da morte do turista italiano Nicholas Pignataro e do alagoano Edson da Costa, conhecido como “Pixote”, ocorrida no dia 17 de maio de 2008. As irmãs, que eram acusadas no crime, foram absolvidas do duplo homicídio pelos jurados, mediante o pedido feito pelo representante da Defensoria Pública de Alagoas.
O julgamento, que aconteceu no Fórum da Barra de São Miguel, teve início na última quarta-feira e terminou hoje. Sirleide foi inocentada por falta de provas. Já Sirlene, o magistrado fixou a condenação de dois anos, em regime aberto, pelo crime de formação de quadrilha. “A linha de defesa foi baseada na negativa de autoria. Sirlene vendia droga no período que aconteceu o crime e Sirleide não teve qualquer participação com os crimes”, explicou o defensor público.
Conforme a defesa, Sirlene teve a droga, que estava sob sua responsabilidade, roubada e foi comunicar ao dono, Antônio Nunes - um dos acusados, sobre o acontecimento. “Ela só pegou esses dois anos de prisão, em regime aberto, porque ligou para informar sobre o ocorrido ao Antônio Nunes, porque tinha medo de morrer. Ele pediu para que executasse as vítimas. Sirlene ainda pediu para que o crime não acontecesse”, explicou Evaldo.
O duplo homicídio ganhou bastante repercussão no Estado. As vítimas foram sequestradas e mortas a tiros em um canavial localizado na Barra de São Miguel. Antônio Nunes foi condenado pela autoria intelectual, a 54 anos e 6 meses; Edtelmo Nunes, pela participação na trama das mortes, por ter dirigido o carro com as vítimas até a Barra de São Miguel e por tê-las espancado, a 47 anos e 4 meses; José Fábio Nunes, pela autoria material, a 41 anos e Silene da Silva, por formação de quadrilha, a 2 anos. Alexandre não foi a julgamento porque recorreu da sentença de pronúncia.
Já os réus Sirleide e Ednelson foram absolvidos por falta de prova. A decisão será comunicada ao Consulado italiano.
