Direito de Resposta ( Sobre matéria do Hospital do Pilar)

14/06/2013 19:16 - Edmilson Teixeira
Por Edmilson Teixeira
Image

 

Direito de resposta

 

Sobre matéria publicada neste Blog, dando conta de que o Dr. Renato Resende teria abandonado o comando do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, na cidade do Pilar, conforme  declarações do atual prefeito Carlos Alberto Canuto; o ex-prefeito Renatinho amparado no direito de resposta esclarece detalhes de como tudo aconteceu:

“Há pouco mais de três anos, vendo a situação de grande dificuldade do Hospital Nossa Senhora de Lourdes e Maternidade Dr. Armando Lages, localizado no Município de Pilar, e tendo uma vasta experiência em gestão hospitalar, o renomado cirurgião Dr. Renato Rezende achou que seria importante dar uma contribuição àquela unidade de saúde.

Encontrou a Instituição com um grande passivo trabalhista e previdenciário. Não se pagava o INSS, FGTS, desde muitas gestões atrás.

Conseguiu parcelamento das dívidas, como também o parcelamento do FGTS, através de uma lei aprovada na Câmara de Vereadores, onde o Município se responsabilizaria pelo pagamento do parcelamento. Tal condição seria imprescindível para pleitear a recuperação do certificado de filantropia, perdido há alguns anos.

Em Dezembro de 2012, o Hospital foi, finalmente, após muita luta, contemplado com o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, na área da saúde, através da Portaria  MS nº 1.356 de 06/12/2012.

Passou a realizar um trabalho humanizado. Adquiriu um aparelho de RX (no Pilar não tinha e os pacientes esperavam e ainda esperam meses para realizar um exame), novos equipamentos para o Laboratório de Análises Clínicas e doações de móveis e utensílios.

Recuperou as enfermarias conseguindo colchões novos, lençóis, travesseiros. Mas, achando que a população ainda estava se sentindo desconfortável, conseguiu, através de doações, colocar ar condicionado em todas elas.

O Centro Cirúrgico e o centro obstétrico, que quase não eram mais utilizados, foram reestruturados  e voltaram  a funcionar. Dr. Renato levou médicos cirurgiões, anestesistas e contava também com um colega anestesista local.

As crianças voltaram a nascer no Pilar!

Tudo isso com muita luta.

Durante toda a gestão, procurou tratar o Hospital de forma profissional .

 

No fim do ano passado, por problemas de ordem pessoal e principalmente de saúde, tomou a decisão de se afastar da Provedoria por um período, como assim faculta o Estatuto daquela unidade hospitalar.

Em 2013, com nova gestão municipal, começou a enfrentar dificuldades.

Uma informação muito importante, para quem não entende como funciona o trâmite de verbas públicas na saúde, é que no Pilar, por ser ele um Município com gestão plena, todo e qualquer repasse financeiro é efetuado através do Fundo Municipal de Saúde. Por conta disso, fez-se possível que os desinteressados na sua melhoria conseguissem promover uma asfixia naquela unidade hospitalar, culminando na impossibilidade da gestão e ocasionando, consequentemente, a renúncia do Provedor.

Ou seja, em nenhum momento, tal como infundadamente tem alegado algumas “autoridades” locais, houve alguma espécie de abandono por parte daqueles que estavam à frente da gestão.

Procurado para falar sobre o assunto, o ex Provedor Dr. Renato Rezende nos relatou que procurou por várias vezes a Secretaria estadual de Saúde, políticos e até o Governador do Estado. Todos tiveram a maior boa vontade em ajudar, mas dependia da concordância do Gestor Municipal, como já explicamos anteriormente.

Apesar de o Dr. Renato ter conseguido um convênio com a Secretaria do Estado da Saúde, o atual gestor não teve interesse em assinar, inviabilizando ainda mais uma unidade de saúde que, como todas as demais no país, enfrentam dificuldades.

O primeiro contato com Gestor municipal foi feito em 18/01/2013, para apresentação do plano operativo para o exercício de 2013, juntamente com o pedido de contratualização, de acordo com a Constituição federal, por o Hospital ter recuperado o Certificado de filantropia. Essa contratualização tornaria o Hospital viável porque receberia recursos vindos do Ministério da Saúde.

O Município além de ter tirado do hospital os exames de laboratório, não repassou devidamente as verbas relativas aos procedimentos anteriormente realizados. Com o convênio do Estado e os procedimentos realizados, o Hospital deveria receber nos últimos 06 meses o equivalente a R$900.000,00. Só recebeu um pouco mais de R$200.000,00.

Em maio de 2013, o então Provedor Dr. Renato Rezende, vendo que a situação estava ficando insustentável e que isso se devia  unicamente a problemas políticos, tomou a decisão de renunciar ao cargo de Provedor, por assim entender que não deveria prejudicar e comprometer a qualidade no atendimento a população.

E assim o fez no dia 31 de maio de 2013.

Em 29 de maio de 2013, o Promotor de Justiça da Comarca de Pilar, expediu um ofício com cópias para vários órgãos, determinando que fossem tomadas providências urgentes por parte da Gestão Municipal , conforme podemos ver em documento anexo”.

 

 

Your alt text

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..