A ordem é tocar o barco com o norte na reeleição ao Senado Federal, mas se mudam os ventos, muda também a direção. Ou seja: uma nova configuração de cenário - sem a figura do senador Renan Calheiros (PMDB) na disputa pelo governo do Estado - pode levar o senador Fernando Collor de Mello (PTB) a se estruturar para disputar a cadeira do Palácio República dos Palmares.

 

 

É o que circula nos bastidores políticos. Vale lembrar que quando o assunto é Collor, o ex-presidente da República é uma esfinge. Foi assim em 2006, quando disputou o Senado Federal em uma campanha de 28 dias e desbancou o franco favorito e ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT).

 

 

Collor - conforme os próximos ao ex-presidente - enxerga uma lacuna no cenário político sem a presença direta do senador Renan Calheiros. É claro - mais que óbvio! - que o PMDB de Calheiros (comandado pelo próprio peemedebista-mor) vai ter candidato no pleito. Nomes não faltam. Há o deputado federal Renan Filho (PMDB) e o ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB). 

 

 

Barbosa - entretanto - se articula para a reeleição da Câmara Federal. Logo, uma eleição que fica mais para Renan Filho, o que pode animar Fernando Collor a entrar na disputa, alterando planos. O assunto não será comentado agora, apesar de circular por bastidores. A disputa pelo Senado Federal - tendo como rival o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) - continua sendo o foco.

 

 

Além disto, não se muda a estratégia que tem garantido uma nova roupagem a Fernando Collor de Mello, inclusive abrindo espaços para que o ex-presidente dialogue melhor com determinados setores, incluindo movimentos sociais. Falei desta lacuna que se abre em textos anteriores. Agora, vai ficando mais evidente por meio de notas que vão surgindo na imprensa local e das análises que começam a aparecer. 

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