Os vereadores por Maceió resolveram endurecer o discurso contra o pleito da Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas (Transpal), que busca o reajuste da tarifa dos ônibus na capital alagoana.
O detalhe é que - como já foi chamado atenção neste blog em um passado distante - que os edis tinham mais poder em relação ao assunto, mas abriram mão dele em legislaturas passadas.
Na legislatura passada, especificamente, foi aberta até uma Comissão Especial de Investigação para apurar a composição da tarifa e se o preço era justo ou não (inclusive analisando a qualidade do transporte público municipal). Foi criada a CEI da Transpal, mas não houve sequer relatório final.
Atualmente, há uma comissão que fiscaliza a situação do transporte público municipal em andamento na Casa de Mário Guimarães. Aguardemos. Na sessão de hoje, diante da possibilidade do valor da passagem subir para R$ 2,85, houve revolta na Câmara. O primeiro a discursar foi Marcelo Gouveia (PRB).
O edil classificou o aumento como roubo. “É assalto! Esta Casa não pode se calar Esta Casa não pode aceitar este aumento, precisamos nos posicionar contra”, salientou o pastor-vereador. Gouveia lembrou que na gestão passada da Casa uma mobilização iniciada pelo ex-vereador Théo Fortes (PTdoB) conseguiu barrar o aumento de combustíveis na capital.
Vale lembrar - mais uma vez! - que a Câmara também na legislatura passada se insurgiu contra o aumento da passagem, mas a CEI criada, como dito lá em cima, não andou. Gouveia pediu que a Câmara dissesse não ao aumento. “Tem menos de um ano que a passagem foi reajustada”, salientou ainda.
O discurso de Gouveia foi acompanhado pelos vereadores Wilson Júnior (PDT) e Heloísa Helena (PSOL). O primeiro destacou que é contra o reajuste e que os vereadores foram cerceados de participar do debate. Bem, o caro Wilson Júnior deve ser lembrado que os vereadores abriram mão de ter participação mais efetiva no debate em legislaturas passadas. É só pesquisar!
Heloísa Helena se disse totalmente contrária. E emendou: “o mecanismo para compensar é a redução de lucros dos empresários”. Será que desta vez a Câmara Municipal de Maceió será mais efetiva ao debater o assunto? Aguardemos.
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