Funcionários Consórcio Tomé-Ferrostal [responsável pela montagem de módulos para plataformas da Petrobras em Maceió,] decidiram paralisar as atividades nesta segunda-feira (10), por não estarem recebendo o pagamento adicional de 30% referente à periculosidade do serviço que por eles é desempenhado.

O grupo de funcionários do Consórcio está concentrado em frente ao Porto de Maceió, no bairro de Jaraguá, e de forma pacífica reivindica um posicionamento da empresa para que o pagamento seja liberado. Eles alegam que é obrigatório o pagamento desse adicional já que os serviços são realizados numa área perigosa, próxima a tanques de explosivos.

A decisão da paralisação aconteceu no último dia 03 de junho, em reunião dos representantes dos funcionários com o Sindicato dos Metalúrgicos em Alagoas. A paralisação não tem previsão para ser encerrada, já que os manifestantes prometem aguardar o presidente do sindicato, Jobson Torres, ingressar na justiça com uma ação para cobrar os direitos dos empregados.

De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, atualmente o Consórcio possui cerca de 200 funcionários e a expectativa é de que grande parte comece a aderir à greve. Até 2015, o número de empregados deve chegar a dois mil, justamente pela nova fábrica que será instalada na capital alagoana.

A paralisação dos serviços acontece três dias após o governo do estado inaugurar a nova fábrica do Pré-Sal, que deverá gerar mais de 4 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Somente o consórcio Tomé- Ferrostal deve gerar cerca de 1.800 empregos, sendo que 800 deles serão imediatos. A administradora do porto acredita que em um ano e meio o consórcio consiga atingir sua capacidade total.