A aproximação entre o senador Renan Calheiros (PMDB) e o governador de Alagoas Teotonio Vilela Filho (PSDB) é um incômodo para os planos do senador Fernando Collor de Mello (PTB). O assunto foi tratado pelos blogueiros Edivaldo Júnior e Bleine Oliveira, da Gazetaweb.

No tabuleiro de xadrez, muitas das peças só decidirão os rumos de fato quando os interesses de Renan Calheiros e Teotonio Vilela Filho estiverem muito bem acomodados. Calheiros pode concorrer ao governo do Estado de Alagoas, ou indicar um forte peemedebista para esta missão.

 

Já Teotonio Vilela Filho é o nome tucano para o Senado Federal, mas não assume a candidatura, deixando brecha para uma possível discussão sobre ele participar ou não do processo eleitoral.

 

Collor - nas entrevistas que tem dado - aposta na reconstrução de uma reedição do chapão que aglutine as forças políticas da base da presidenta Dilma Rousseff (PT). Mas a aproximação institucional entre Renan Calheiros e Teotonio Vilela Filho - como bem colocou o blogueiro Edvaldo Júnior - tem um limite.

 

Não bastasse Vilela ser o tucano mais petista dos tucanos, circulando bem na base de Dilma em Alagoas - com exceção dos movimento sociais e do próprio PT - o temor de Collor é uma “aliança branca”. Fernando Collor - ao menos publicamente - trabalha para ser o candidato ao Senado Federal. Trabalha para estar no grupo da base da presidenta Dilma Rousseff.

 

Logo, uma aproximação entre Calheiros e Vilela não é bem-vinda. Renan Calheiros esteve no outro pólo político desde a Operação Navalha - que atingiu em cheio o Executivo estadual - quando os principais quadros de Vilela indicados pelo PMDB deixaram o governo.

 

Desde então Renan Calheiros - em 2010 e 2012 - foi oposição às posições do governo do Estado. Foi, inclusive, reeleito senador pelo chapão encabeçado pelo ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). A relação institucional - neste sentido - não pode evoluir para uma aliança branca; ou uma oposição mais branda e quase que “de mentirinha”. Eis a preocupação...

 

Há quem aposte que - sem Renan Calheiros - se abre um cenário que pode levar Collor a se candidatar ao governo do Estado. Circula a informação pelos bastidores.

 

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