Existem nomes no Partido do Trabalhadores (PT) de Alagoas que defendem que a sigla comece a projetar um papel de protagonista no cenário político local. Mas, ao que tudo indica é um caminho difícil já para 2014.
O PT - partido que comanda o país - em Alagoas tem tido um papel coadjuvante nos últimos pleitos, inclusive, ajudando a caciques de outros partidos em alianças muitas vezes consolidadas fora da esfera do PT, ou empurradas pelo PT nacional.
É inegável- por exemplo - a influência do senador Renan Calheiros (PMDB) nos últimos destinos do PT local. Foi assim em 2010, quando José Pinto de Luna buscava espaço para se candidatar ao Senado Federal e acabou tendo que se contentar com a disputa por uma das cadeiras da Câmara Federal.
Na época, dentro do "chapão", no qual o PT se encontrava, uma das prioridades era a reeleição de Renan Calheiros. Assim, Ronaldo Lessa (PDT) - que também ensaiou uma candidatura ao Senado em 2010 - acabou disputando o governo e Calheiros foi praticamente o único candidato do grupo ao Senado Federal, ao lado de Eduardo Bomfim (PCdoB).
O PT lucrou neste período. É verdade! Em 2010, fez três deputados estaduais - Judson Cabral, Ronaldo Medeiros, e Marquinhos Madeira - e em 2012, novamente disputando proporcionais, fez o vereador Cleber Costa (PT). Espaços ampliados que permitiu, inclusive, levar o deputado Paulão (PT) à Câmara Federal.
Mais, quais os rumos do PT para 2014? Seria novamente peça no tabuleiro na reedição do chapão, que agora pode ter Calheiros como candidato ao governo do Estado; ou outro nome indicado pelo PMDB? O Partido dos Trabalhadores está longe de pensar em majoritária e vai mesmo para o grupão do "projeto alternativo" para o Estado!
Na avaliação de Pinto de Luna, que está na suplência da Câmara Federal, o PT precisa se fortalecer para 2014."Tem excelentes quadros sem partidos que poderiam ser garimpados. O PT de Alagoas não pode viver a reboque de outras siglas: tempos tempo de TV, podemos reeleger deputados estaduais e federal.Uma chapa puro-sangue aglutinaria o PT em Alagoas", coloca ainda.
Será que há espaço para reflexões neste sentido dentro do PT local? Luna ainda colocou - em seu micro-blog - que ficar "a reboque" seria muito sacrifício para a militância local.
No mais, Luna esteve afastado do pleito de 2012. Participou da gestão do ex-prefeito Cícero Almeida, no comando da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). O fato lhe rendeu críticas, já que Almeida foi um dos indiciados da Operação Taturana da Polícia Federal. Deve ter seus prós e contras até esta data, a escolha do ex-superintendente da Polícia Federal em Alagoas, que saiu muito bem avaliado do comando da instituição.
Agora, em 2014, Luna - conforme bastidores - briga para se fazer presente no pleito. Pode disputar uma das cadeiras da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas pelo PT.
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