O deputado federal Maurício Quintella (PR) - que é um dos autores do requerimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás - se pronunciou de forma dura sobre o assunto, na manhã de hoje, dia 24.
De acordo com Quintella, a Comissão - que tem como objetivos investigar a compra e venda de ativos da Petrobrás - já conta com aproximadamente 200 assinaturas. O parlamentar alagoano afirma que os autores do requerimento não aceitarão pressão do governo federal.
“O presidente da Câmara dos Deputados (Henrique Eduardo Alves/PMDB) falou que não iria admitir a CPI, mas conversei com o deputado Leonardo Quintão e nós vamos ao Supremo se for o caso”, colocou.
Além de Quintella e de Leonardo Quintão (PMDB/MG), o requerimento conta ainda com a autoria de Carlos Magno (PP/RO). O clima é tenso por conta do pedido de abertura. E o detalhe: é uma CPI que não nasce de dentro da oposição ao governo da presidenta Dilma Rousseff (PT).
As assinaturas ainda contam com a ajuda de membros do PMDB e da base governista. Uma luta para Henrique Alves barrar a CPI da Petrobras, caso de fato compre esta briga. O objetivo é a investigação da operação de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Também são apontados operações com ativos de Pesa, na Argentina. Os ativos e participações dos blocos de petróleo na África e no Golfo, além de demais compra e venda de equipamento estatal, também devem ser investigados pela Comissão, caso esta se concretize.
Quintella deixa a entender que os deputados não aceitarão rolo compressor para cima da CPI da Petrobras. O requerimento foi protocolado no dia 16 de maio, entra numa filha de CPIs atrás de 14 pedidos e pode nem chegar a ser aberta na atual legislatura, conforme informações de O Globo. Mas, causou barulho no Congresso Nacional.
Vale lembrar que - pelo Regimento Interno - apenas cinco CPIs podem funcionar de forma concomitante. Ainda sobre a CPI, um dos questionamentos de Quintella: "Como a Petrobras explica a compra de uma refinaria em Pasadena por 1,2 bilhão de dólares, se ela nunca valey R$ 200 milhões?"
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