Uma fala do secretário municipal de Infraestrutura, Roberto Fernandes, chama a atenção. Durante o encontro na Câmara Municipal de Maceió, Fernandes – que assumiu a pasta na gestão do prefeito Rui Palmeira (PSDB) – fez duras críticas a forma como foi construída a Avenida Pierre Chalita, em Maceió.
A via liga o bairro de Jacarecica ao da Serraria. Ou seja: uma obra importante e de custo alto, mas que apresenta uma série de problemas. Roberto Fernandes chegou a frisar a necessidade de responsabilizar os que fizeram a obra, na gestão do ex-prefeito Cícero Almeida (ainda sem partido definido).
Os problemas na via são constantes, como a questão das barreiras que já deslizaram em período chuvoso. Somente neste mês, a via foi interditada três vezes. O Ministério Público Estadual (MPE) apura os danos ambientais causados pela obra na região.
O promotor Alberto Fonseca já destacou que a obra teria que ter um sistema de drenagem e de contenção de processos erosivos mais eficientes. Enfim, falhas absurdas em um projeto de engenharia que traz consequências drásticas para a cidade e a população.
O atual secretário municipal de Meio Ambiente, Raphael Wong também demonstra preocupação em relação a via. Ainda em relação ao MPE, o promotor requisitou cópias do processo de licenciamento ambiental que autorizou a implantação e operação da avenida.
Vale ressaltar que a via recebeu R$ 10 milhões em investimentos e tem – conforme dados da Prefeitura Municipal – seis quilômetros de extensão. E tem a intenção de desafogar o trânsito no Barro Duro.
Imagine agora que esta obra de R$ 10 milhões, para ter todos os problemas solucionados precise do triplo de recurso. É esta a reflexão que chamou a atenção durante as falas na audiência sobre o Plano Diretor.
De acordo com Fernandes, a situação da via é péssima. O secretário foi enfático ao colocar que a obra foi entregue sem condições de funcionamento e que por esta razão está inundando e aterrando quando chove. A saída – vejam bem! – pode custar até três vezes mais do que o orçamento inicial da obra. Dinheiro público pelo ralo.
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