De bobo o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) não tem nada. Retorna de Brasília com uma novidade na bagagem: sua suposta candidatura ao governo do Estado de Alagoas. A “novidade” (entre aspas!) já foi jogada ao vento. Deixa que se espalhe.
Lessa vem de uma trajetória de eleições nada favorável. Em 2006, disputou o Senado Federal contra o senador Fernando Collor de Mello (PTB). Perdeu. Em 2010, voltou a uma disputa por majoritária: chegou ao segundo turno contra o atual governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). A diferença foi pouca, mas perdeu!
Em 2012, se lançou na disputa pela Prefeitura Municipal de Maceió. Mas, não consolidou sequer a candidatura em função dos problemas com a Justiça Eleitoral. O desgaste das últimas eleições - naturalmente - já distancia Lessa de uma disputa majoritária, mesmo tendo ele considerável densidade eleitoral. É de se reconhecer.
Além disto, observando os nomes que já se lançam no pleito e buscam a consolidação de seus projetos, sobraria a Ronaldo Lessa ser candidato de si mesmo? Numa majoritária, é algo para aventureiros. Com o PDT nas mãos, e podendo estar em algum dos grupos é viável para Ronaldo Lessa a construção da disputa pelo Legislativo: Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas e Câmara Federal.
Como Ronaldo Lessa não é bobo e possui experiência de sobra com vitórias e derrotas, são estas alternativas que devem rondar por sua cabeça. Surgir como o nome do PDT nacional para disputar o governo do Estado em Alagoas, é um palanque para o “colar, colou!”, ou então uma forma de garantir força para que a legenda negocie seus espaços no cenário político; o que faz parte do jogo.
Se for para valer mesmo, dentre todos os nomes já postos - com exceção dos aventureiros de plantão que devem ser lançados em pequenas siglas para cumprir algum papel no pleito - o de Lessa, na atual conjuntura, é o que menos possui viabilidade. E quando se diz viabilidade, não é sinônimo de densidade eleitoral. Esta, Lessa já provou que tem, mesmo nas derrotas. Mas, o bonde passou...