Os diretores João Alfredo Guimarães da Pericia Oficial e Luiz Mansur do Instituto Médico Legal de Maceió se reuniram na quarta-feira (15), com os peritos médicos legistas que atuam no IML de Maceió. O tema principal foi à realização das exumações nos corpos enterrados sem exame de necropsia.
Seguindo o exemplo do IML de Arapiraca, que concluiu 82,5% do plano de trabalho criado pela direção da unidade, onde foram exumados 34 dos 40 corpos, os legistas de Maceió decidiram montar uma escala própria para que eles mesmos realizem os exames. Além disso, outras medidas também foram avaliadas e aprovadas para serem tomadas e acelerar o processo das exumações.
“O grupo foi convencido de que as exumações são de nossa responsabilidade e que todas as famílias das vítimas e as investigações dependem desses laudos. Eles concordaram em fazer os exames e dessa forma não precisaremos pagar qualquer tipo de hora extra ou contratar médicos extras”, explicou João Alfredo.
Na reunião também ficou definido que um médico legista de Arapiraca será transferido para o IML Estácio de Lima em Maceió, sem prejuízos para o funcionamento da unidade do interior, apenas para realizar as exumações judiciais. E os legistas que já atuam na capital ficaram com a responsabilidade de realizar as necropsias de casos de acidentes de trânsito.
A partir de agora, o diretor do IML Luiz Mansur, ficou de juntar toda documentação disponível para cada caso, como fotos, laudo do IC, e relatórios médico- hospitalares para auxiliar os exames. Uma lista com os nomes das vitimas será encaminhado para que o IC forneça os laudos correspondentes e uma reunião será marcada com a direção do HGE para viabilizar os relatórios médicos das vitimas. A direção da POAL trabalha com o prazo do dia 27 de maio para recomeçar as exumações.
Prioridades
Em contato com o Ministério Público, a assessoria informou que a promotora do Controle Externo da Atividade Policial, Carla Padilha afirmou que para dar agilidade às exumações, já que existem aproximadamente cerca de 180 corpos, “foram elencados alguns critérios para dar início aos trabalhos”, destacou a assessoria.
Uma das prioridades será dada às vítimas de acidentes automobilísticos uma vez que o laudo cadavérico é necessário para que os familiares possam dar entrada à documentação que dá direito ao seguro de acidente por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
O MP ainda está ofertando prioridade na exumação para aquelas vítimas de arma de fogo e que possuem projéteis ainda alojados no corpo. “Neste caso o objeto pode ser determinante para auxiliar a perícia policial nas investigações e em alguns casos elucidar as causas da morte”, destacou a assessoria Ministério Público.










