O seminário - que dizem que foi organizado pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e União dos Vereadores do Estado de Alagoas (UVEAL) - preocupou adversários políticos dos senadores Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor de Mello (PTB). O primeiro ponto: é um de uma série que pretende ter a mesma dimensão, só que em outras micro-regiões. Segundo: a conotação política do evento e a aglutinação de forças que ele promove. 

Afinal, na platéia havia tucanos aplaudindo críticas ferrenhas ao governador tucano Teotonio Vilela Filho (PSDB). Além disso, foi palco de muitos diálogos que podem gerar acordos para eleições proporcionais e majoritárias pelo pelo interior do Estado de Alagoas. 

 

Como se não bastasse tudo isto, pode ainda - apostam alguns - sinalizar uma união entre o senador Renan Calheiros e Fernando Collor de Mello; o primeiro se candidatando ao governo e o segundo ao Senado Federal, em uma frente de oposição que aglutinaria toda a base da presidenta Dilma Rousseff (PT) em Alagoas. A única exceção seria o PP do senador Benedito de Lira, que permaneceria em base palaciana buscando o apoio do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), como o próprio Lira já falou.

 

Dos bastidores políticos nasceu a versão de que Lira estaria também interessado em uma aproximação com o senador Fernando Collor de Mello. Este blog divulgou a informação que circulava pelos corredores da política local; mas, o próprio Benedito de Lira nega. Diz que permanece firme na aliança com o tucano Teotonio Vilela Filho e que pretende se candidatar - portanto - dentro do grupo dos tucanos.

 

No Palácio República dos Palmares, o difícil será manter a base unida. Vilela deve disputar o Senado Federal, apesar das dúvidas que ainda pairam sobre sua candidatura. O PSB - entretanto - deve busca um candidato ao governo e abrir palanque, em Alagoas, para Eduardo Campos na luta pela presidência da República, caso a candidatura se consolide. O nome do PSB pode ser o deputado federal Alexandre Toledo; que atualmente se encontra no PSDB.

 

Além disso, o próprio vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) tem o desejo de disputar o governo do Estado de Alagoas. Com a candidatura de Vilela ao Senado Federal, Nonô estará com a máquina. Terá tempo para investir em ações que fortaleçam seu nome. É o desafio interno de Benedito de Lira para consolidar sua candidatura da forma como este deseja. 

 

Enquanto a situação se depara com o emaranhado de “se” e “porém”, a via de oposição segue em uma marcha liderada por Renan Calheiros.

 

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