Pernambucanos organizam grande protesto contra Dilma; tem jogada política

14/05/2013 13:35 - Voney Malta
Por Voney Malta

 

A união entre empresários e prefeitos só tem aumentado nos últimos dias. Eles estão organizando os detalhes finais do protesto que vão fazer contra o Governo Federal, no próximo dia 20, quando Dilma Rousseff desembarca no Recife (PE) para a inauguração da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, Zona Oeste da capital pernambucana.

Os motivos alegados são o sofrimento com a maior estiagem dos últimos 50 anos e o veto da presidente aos subsídios voltados para o setor canavieiro. A estimativa é de que três mil produtores de cana do Nordeste participem da manifestação.

Para tornar o protesto ainda mais forte na terra do governador presidenciável Eduardo Campos (PSB), representantes da pecuária e da agricultura, além da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), que tem como presidente o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), serão convidados.

Nesta segunda-feira (13), Patriota comandou uma manifestação, que contou com 112 dos 184 prefeitos de Pernambuco, na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), que resultou em um documento que foi entregue ao governador Eduardo Campos (PSB) com as reivindicações da entidade, entre elas o apoio à criação de um fundo federal voltado para o Semiárido.

O protesto está ganhando apoio e crescendo tanto por parte dos produtores como das prefeituras do Nordeste. Quem está organizando tudo isso é o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Lima. Ele garante que “os prefeitos enviarão um, dois representantes. De Alagoas, vão sair 15 ônibus, daqui (PE), 25, da Paraíba, vão sair dez ônibus”.

Por objetivos comuns, prefeitos querendo mais dinheiro e representantes do setor sucroenergético Nordestino insatisfeitos porque não conseguiram os benefícios, somado ao período pré-eleitoral num Estado onde o governador quer enfrentar a atual presidente, o protesto promete. É muita gente sabida querendo uma boquinha na crise aumentada pela estiagem.

Falar, debater e propor medidas efetivas e duradouras que dê condição aos Nordestinos de conviverem com a seca, isso não ocorre. Aqui em Alagoas tá lá o Canal do Sertão. Até agora não foi definido nem divulgado como será feito o processo de exploração e viabilidade econômica da região. Depois, grandes produtores, é verdade que também enfrentam dificuldades, mobilizam-se pensando apenas em si, no imediato e não na solução, assim como pensam os prefeitos.

Como Dilma vai enfrentar ou se livrar desse problema é a grande curiosidade.

 

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