A decisão do desembargador Alcides Gusmão da Silva, presidente da Corregedoria do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), em manter policiais militares, que ainda não foram julgados, reclusos no presídio Baldomero Cavalcante, será recorrida, em Brasília, pelas Associações dos Militares de Alagoas.

Em entrevista ao CadaMinuto, o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Militares de Alagoas (Assmal), sargento Teobaldo Almeida, afirmou que a decisão “é  mais uma questão política do que jurídica”.  

Segundo Teobaldo, é direito dos militares permaneceram detidos em um presídio militar, até que haja o julgamento, mas como no estado a unidade foi demolida após uma decisão do Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg), esse impasse foi montado. O sargento defende que os militares fiquem recolhidos em seus batalhões de origens.

“Nós vamos recorrer dessa decisão em Brasília, mas acreditamos que isso poderia ser revolvido transferidos esses militares para suas bases de origens, que tem segurança diariamente e apresentam condições para receber esses policiais”, indagou o presidente da Assmal.

O presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas, major fragoso, ressalta também que a decisão vai de encontro ao estatuto que ampara os militares. Fragoso afirma que os militares sofrem um “grande risco” ficar presos dentro de um presídio com presos comuns. “Nós sabemos que eles ficam em uma ala separada, mas separada apenas por uma grade. Em uma rebelião a segurança desses militares pode ficar comprometida”, afirmou.

O major questiona ainda que muitos militares estão presos sem apresentação de acusação contra eles. “Nós precisamos saber para que a lei deve ser cumprida e para quem. Infelizmente aqui no estado as pessoas são presas antes para depois vim a investigação”, questionou o oficial lembrando o caso o capitão Eugênio, que foi preso acusado de ter participação na Chacina do Benedito Bentes.