Atualizado às 17h13.

Quatro dias após o encerramento do julgamento do Caso PC Farias, o promotor Marcos Mousinho decidiu recorrer da decisão dos júri popular, que absolveu os militares Josemar Faustino, Adeildo Costa, Reinaldo Correia, José Geraldo da Silva da acusação  nas mortes de Paulo César e Suzana Marcolino.

À reportagem do CadaMinuto, Mousinho relatou que desde ontem se debruçou sobre a leitura minuciosa da sentença. Além disso, o promotor disse que escutou todos os CDs com os áudios dos depoimentos prestados durante o julgamento.

“Ontem comecei a observar e vi com detalhes a votação de cada jurado, cada série de perguntas que eles responderam. Tudo isso me deu a base e a convicção para que eu recorra da decisão”, disse Mousinho.

O promotor afirmou que ainda hoje irá apresentar o recurso no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes. Mousinho explicou que o trâmite é simples e que ele terá até dois dias para apresentar os motivos pelos quais ele ingressou com a medida. “Vou mostrar que os jurados decidiram contrário às provas”, disse.

Após o promotor apresentar o que for solicitado pelo juiz, a defesa também terá um prazo para se manifestar. Após essa etapa, o caso será encaminhado para o Tribunal de Justiça, que designará um relator para o caso para decidir se haverá um novo julgamento.

O júri

O julgamento sobre as mortes de PC Farias e Suzana Marcolino teve início no último dia 06 e foi encerrado quatro dias depois. Durante toda a semana, testemunhas, parentes das vítimas e os réus foram ouvidos pelo juiz Maurício Brêda.

Submetidos a júri popular, os policiais militares, que trabalhavam para PC, foram inocentados pelas mortes do patrão e da namorada dele. Os jurados, que absolveram os acusados por clemência, descartaram a tese de assassinato seguido de suicídio, acatando assim a hipótese de um duplo homicídio.