Conquistas, vitórias, sonhos e saudade são palavras que retratam as histórias das mães alagoanas Ana Paula Moura, Ilza Cavalcante, Lídia Lemos e Valéria Leite. Em uma matéria especial, dedicada a todas as mães, o CadaMinuto reproduz narrativas de vidas que se assemelham com tantas e tantas mulheres, que foram abençoadas com o dom da maternidade.  

Não somente neste dia queremos homenagear elas, que dão o sentindo e o alicerce da vida, que lutam para criar seus filhos com grandes esforços, que buscam não se curvar diante das dificuldades, e vivem a tentar superar a dor diante de uma perda. A equipe do CadaMinuto deseja um Feliz Dia das Mães para todas as mães alagoanas.

“É muita dor”

“Não quero nem pensar nisso”. Com essa afirmação, Valéria Leite, mãe da jovem Bárbara Regina, resume o seu sentimento em relação ao segundo domingo de maio.  Valéria afirmou que no Dia das Mães do ano passado ganhou uma bolsa de presente da filha e que aproveitou a data ao lado de Bárbara e de seu outro filho.

“É muita dor, não consigo nem lembrar disso direito. Todo domingo a gente passava juntas e era sempre assim no Dia das Mães”, disse a mãe de Bárbara Regina.

Valéria afirmou ainda que o primeiro Dia das Mães com a Bárbara será mais doloroso já que maio também é o mês de seu aniversário. “São duas datas em que eu estava com ela. Dia 30 completo ano, então era um período muito bom porque a gente estava juntas”, disse.

Mãe de primeira viagem

A jornalista Lídia Lemos está contando os dias para o nascimento do seu primeiro filho. Ela disse que sempre teve o sonho de ser mãe e não vê a hora de o bebê nascer. “O  Arthur foi uma linda surpresa. Não estávamos programando para agora, mas desde o primeiro segundo que soube foi o melhor presente da minha vida”, relatou Lídia.

A mamãe de primeira viagem contou ainda que quando descobriu que estava grávida, a gestação estava no segundo mês. Sentindo enjôos, a jornalista comprou um teste de farmácia, que deu negativo. Dias depois, durante o cumprimento de uma pauta, Lídia passou mal novamente e na mesma tarde fez um exame em um laboratório, que confirmou a gravidez.

Lídia já completou nove meses e espera ansiosa a chegada de Arthur. “Pode nascer a qualquer momento”, afirmou.

Uma lição de vida

“Ser mãe solteira não é fácil, principalmente por não ter ninguém para compartilhar as etapas do crescimento do filho”.  Essa afirmação é de Ana Paula Moura, que mudou sua vida aos 21 anos quando engravidou do seu único filho, Anthony Alberto, hoje com 12 anos.  Realidade vivida pela coordenadora pedagógica não é diferente de muitas mães, que sem assistência do pai, lutam para criar seus filhos.

Hoje, aos 34 anos, Ana Paula relata que foi muito difícil assumir todas as responsabilidades necessárias para a criação de uma criança. “O meu filho é fruto de um namoro rápido, e como não tive o apoio do pai, busquei trabalhar dobrado para poder criá-lo. Hoje tenho um bom emprego para garantir isso, mas com o trabalho dobrado veio à falta de tempo para ele”.  

Ana Paula conta que trabalha na mesma escola onde o filho estuda, mas que os horários são desencontrados. “Hoje eu sinto que ele tem uma carência dupla, tanto pelo papel do pai e também a carência da mãe que não tem muito tempo para ficar com ele”, afirmou ela, acrescentando que a sua família também a ajudou na criação de Antony Alberto.

A coordenadora garante que não é vantagem nenhuma para a mulher ser mãe solteira. Segundo ela, o preconceito da sociedade é grande e na tentativa de construir um novo relacionamento é muito complicado. “Mesmo com as dificuldades, nunca me anulei e continuei minha vida. O meu filho nunca vai ouvir que deixei de fazer alguma coisa ou deixei de ser feliz por conta dele”, frisou.

O apoio da família

Uma parcela do resultado da criação das filhas, a enfermeira Ilza Cavalcante atribui ao apoio da família. Para ela, sem o apoio e a contribuição dos pais não teria conseguindo “chegar aonde cheguei junto com elas”. Ilza lembra que sempre enfrentou dificuldades com a criação das meninas, desde o nascimento quando o pai não podia ajudar.

Quando as filhas tinham 11 e 07 anos ela ficou viúva. “Desde que elas nasceram, o pai quase que não podia ajudar. Sempre fui sozinha, sem ajuda dos outros, somente com ajuda dos meus pais que sempre me apoiaram”. Segundo ela, as filhas sempre sentiram muita falta do pai, mas buscou suprir esse sentimento com muita dedicação e a atenção a elas.

“Quando elas eram crianças era uma mãe coruja, mas depois percebi que elas tinham que aprender como viver e andar com as próprias pernas”, disse a enfermeira acrescentando que com o tempo, a carga horária de trabalho aumentou e o tempo dedicado as filhas ficou curto. 

Ao ser indagada como avalia hoje, a criação dada as filhas ela afirmou apenas “gostaria que esta pergunta fosse feita a elas. Sei que sempre tentei fazer algo por elas e até hoje tento, mas sei também que como PAI/MÃE fiz um belo papel”, finalizou Ilza que aguarda o nascimento do seu primeiro neto.