Atualizado às 18h32.
Após a réplica do Ministério Público, foi a vez da defesa dos acusados na tréplica. O advogado José Fragoso, que defende os militares Adeildo Costa, José Geraldo da Silva, Reinaldo Correia e Josemar Faustino, voltou a reafirmar que não existe a possibilidade de ter acontecido um duplo homicídio na casa de praia de PC, no dia 23 de junho de 1996.
Fragoso mostrou fragmentos dos recados deixados por Suzana na caixa postal do telefone celular do dentista Fernando Coleoni, que foram classificados pelo promotor Marcos Mousinho como resultado da embriaguez da namorada de PC.
“O promotor disse que foi o depoimento de uma pessoa embriagada, para mim é o depoimento de uma pessoa que estava em franco desequilíbrio. Ela só teve um contato com o dentista, só o viu uma vez. Se ela estivesse sendo ameaçada para fazer a ligação, o suposto assassino teria dado a oportunidade de ela falar um minuto para deixar os recados? Isso é equivalente a um bilhete suicida, mas ela fez isso deixando um recado. Ela usa a palavra eternidade, isso é muito forte. Ela estabeleceu o ritual do homicídio e da sua própria morte.”, explanou Fragoso.
O advogado disse que ao defender a tese de homicídio seguido de suicídio, apontou provas, o que não foi feito pelo Ministério Público. “Quem foi se não foi Suzana?”, indagou Fragoso. “Como essas pessoas vão ser condenadas se não se sabe quem cometeu esse crime?”, completou o advogado de defesa.
Fragoso disse que o Ministério Público defende que os réus devem ser condenados pois se omitiram diante de um fato, mas ele diz que os seguranças não sabiam o que ia acontecer, portanto não teriam como evitar o fato. “Para poder agir, era necessário conhecimento do que poderia ocorrer”, frisou.
O advogado afirmou também que o MP aposta em um pacto coletivo de traição, o que não é plausível. Fragoso garantiu também que Paulo César Farias sempre confiou nos seguranças e a prova maior disso é que eles trabalhavam também para os filhos dele.
“Até depois da morte, eles ainda trabalharam para a família Farias”, ressaltou o advogado.










