Uma das características do governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB) - iniciado em 2007; seu primeiro mandato - foi o “ajuste fiscal” - traduzido como um choque de gestão - que reduziu o tamanho do Estado, visando um número menor de secretarias que no governo de seu antecessor, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).
Vilela batia na tecla do “cortar na carne” quando anunciou sua primeira reforma administrativa assim que assumiu o mandato. Na época, criticado por alguns e elogiados por outros pelos passos do parecia ser o “Estado mínimo”. Mas, outras reformas administrativas vieram.
Uma delas proporcionada pela Operação Navalha da Polícia Federal. Obrigou Vilela a trocar de nomes em seu governo, inclusive se desfazendo de quadros que - na época - eram do PMDB, com o ex-secretário de Infraestrutura, Adeílson Bezerra (atualmente no PRTB).
Mas, as reformas administrativas também serviram para acomodar aliados em anos pré-eleitorais. Uma forma de mexer no xadrez político se utilizando dos espaços da maquina administrativa. O ano pré-eleitoral é o momento certo para isto; e aqui não avalio o mérito das pastas “reformadas” ou a “necessidade” destas. Isto fica para o leitor.
Coincidentemente, em 2009 (um ano pré-eleitoral, já que as eleições ocorreram em 2010), o governador Teotonio Vilela Filho pode solidificar sua aliança com o deputado federal Givaldo Carimbão (PSB) criando a Secretaria da Paz. O atual titular - Jardel Aderico - é homem de confiança do parlamentar do PSB.
Coincidentemente (outra vez!), chegamos ao ano de 2013 (e em 2014 tem eleição); e já se comenta sobre pequena reforma administrativa na gestão de Teotonio Vilela Filho. O assunto foi muito bem abordado pelo blogueiro e jornalista Ricardo Mota. Por falar e pequena reforma, parodiemos Niel Amonstrong, pois um “pequeno passa para um tucano, pode ser um grande passo para aliados”.
Fala-se agora da criação da Secretaria de Esportes, que é um apêndice da Educação - ocupado por Jorge VI - desde 2007. Jorge VI quer virar o titular da pasta, mas o espaço pode ser usado para novos nomes. Serão que aliados agraciados? Novos? Velhos? Perguntar não ofende, então aguardemos pela resposta.
Quem deve retornar ao grupo - com a reforma - é o ex-deputado federal João Caldas (PEN), que andava magoado com Vilela por não ter sido aproveitado até o presente momento. Contava com a ajuda do governador para se tornar parlamentar em Brasília, mas o tucano não conteve o deputado federal Alexandre Toledo (PSDB), que herdou a cadeira de Rui Palmeira (PSDB).
Depois, Caldas passou a contar com o empenho do “enérgico” Vilela para indicar o nome para a pasta da Saúde (que era de Toledo), mas - talvez por fadiga! - o governador não intercedeu. Mas, as apostas são grandes no retorno de João Caldas.
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