O senador Benedito de Lira (PP) não abre mão de sua candidatura ao governo do Estado de Alagoas e diz – abertamente – que possui um grupo para isto. Se os adversários possuem apoios de prefeito, Lira avisa que também tem prefeitos ao seu lado. Este blogueiro que aqui fala sempre avaliou que – dos que se lançam na disputa – Lira é que tem o caminho mais difícil para consolidar o projeto.

Conversei com o senador sobre o assunto; fiz algumas indagações. Ele abriu a conversa confirmando a condição de pré-candidato e afastou qualquer possibilidade de afastamento do atual governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), como vem sendo ventilado em alguns setores da imprensa. “Eu quero ser o candidato ao governo apoiado por Teotonio Vilela Filho e quero que ele seja meu senador. Seria uma inversão do que foi em 2010”, frisou.

Benedito de Lira afirma ainda que as alianças firmadas por ele não são sabor de conveniências. “Quando apoiei Vilela ao governo ele era o terceiro colocado nas pesquisas. Eu também era o terceiro na disputa pelo Senado Federal e nós ganhamos. Tenho um respeito muito grande pelo governador e espero que nossa aliança seja duradoura. Não é uma aliança de piscar de olho”, colocou ainda. Para Benedito de Lira, não há distanciamento do governo tucano.

O senador pepista – que é o “governável” de seu partido – diz que segue trabalhando em prol do governo de Alagoas e como um aliado. “Hoje mesmo tive reuniões neste sentido; trabalhando para ajudar o governo”, destacou.

 

Benedito de Lira sabe que o caminho ainda é longo para o ano de 2014. “Toda eleição é um processo difícil, sabemos disso e é lógico que ninguém é candidato de si mesmo. Evidente, que pela parceria, gostaria e muito de ter o apoio do Palácio”. O pepista reconhece que há um a presença do vice-governador Thomaz Nonô (Democratas) no processo e que este também pleiteia ser o candidato da situação.

Indaguei a Benedito de Lira sobre a relação com o senador Fernando Collor de Mello (PTB), colega de bancada. O pepista demonstrou respeito por Collor e destacou que os diálogos são em função do trabalho da bancada e dos projetos envolvendo os interesses do Estado; jamais em função de acordos políticos visando eleição. Sabe-se que Collor está em campo extremamente oposto ao de Vilela e é – atualmente – o principal nome da oposição; pelo menos o mais ferrenho.

Nos bastidores, se fala da aproximação Collor e Benedito de Lira, sendo o primeiro disputando o Senado Federal e o segundo a busca pelo governo. Lira diz que não existe esta construção de aliança política. O PP segue na base do governo! De toda forma, na montagem do xadrez político para 2014, quando o assunto é Palácio República dos Palmares, de um lado Benedito de Lira, do outro, o senador Renan Calheiros (PMDB). No meio e entre os palacianos, Nonô – silenciosamente – busca também seu espaço.

Uma via diferente deste processo? Se existe, ninguém fala...

 

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