A filha de Paulo César Farias, Ingrid Pereira Farias, também prestou depoimento nesta terça-feira (07), no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes. Ingrid relatou ao juiz Maurício Brêda fatos referentes à morte da mãe Elma Farias, o contato que teve com Suzana Marcolino e o momento que soube que o pai foi assassinado.

Ingrid revelou que conheceu Suzana no mês de abril de 1996, um mês antes de ela ter sido encontrada morta ao lado de PC. “Eu e meu irmão morávamos na Suíça e vínhamos ao Brasil três vezes por ano, numa dessas, meu pai fez um churrasco na casa de praia eu fui apresentada a ela. Era mais uma das namoradas do meu pai”, contou.

Sobre o relacionamento do pai com Suzana, Ingrid disse que Paulo César não comentava sua vida amorosa. Mas,  ela afirmou que quando chegou a Maceió, dois dias antes do crime, PC confidenciou que queria terminar o namoro por conta da ciúme excessivo de Suzana.

Em relação ao contato do tio Augusto Farias com Eônia Pereira (irmã de Elma Farias), Ingrid disse que eles não se davam muito bem e ficava “cada um no seu quadrado”. Ingrid disse que Augusto e Eônia sempre apoiaram ela e o irmão após as mortes dos pais.

“Até hoje, eles nos ajudam muito. Tio Augusto sempre nos ajudou em relação aos negócios e a tia Eônia, na parte emocional”, frisou Ingrid. Sobre a relação de Augusto e PC, ela disse que era a melhor possível. “Acho que era dos irmãos, o que mais meu pai era ligado”, observou.

Indagada pelo juiz Maurício Brêda se ela estava “patrocinando” a defesa dos réus, Ingrid disse que não e contou que José Fragoso está atuando no caso pela amizade que tem com a família Farias.

Perguntada pelo advogado José Fragoso se Paulo César confiava nos seguranças, Ingrid disse que sim. “Total confiança. Eu também tenho total confiança neles”, destacou.

A morte da mãe

Ingrid contou que na noite anterior à morte da mãe, ela dormiu na mesma cama que Elma Farias. A filha de PC disse que, junto com funcionários da casa de Brasília, foi com a mãe para o hospital, mas quando chegou à unidade, Elma já estava morta.

“Minha família não cogitou a possibilidade de minha mãe ser assassinada”, respondeu Ingrid ao advogado José Fragoso.