Em conversa com um amigo, especialista em política e sempre atento aos bastidores, uma análise pertinente para o futuro próximo de Alagoas. As frases de efeito - dele! - são até marcantes.

 

Inicia com a reflexão de que Alagoas vive uma fase de renovação, mais de nomes que de pensamentos, talvez; onde os velhos caciques preparam seus herdeiros para não saírem de cena em definitivo, quando abrirem mão do palco central das decisões. 

 

Diz o amigo - por dentro do processo político - que político tem prazo de validade; logo, precisa saber a hora de parar. Sendo assim, vai preparando o “príncipe herdeiro” para assumir o posto deixado pelo pai. 

 

Na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, na Câmara Federal e nas casas legislativas municipais isto já é bem visível não só na Terra dos Marechais, mas em quase todo canto. Novas lideranças que não estejam ligados a certos grupos são quase que sufocadas, mortas por inanição...se não tiverem forte convicção de seus papéis em processos políticos-eleitorais se vendem em nome do projeto de poder. 

 

Abandonam o que são para cumprirem papéis coadjuvantes e nunca chegam aos postos políticos que podem - de fato! - representar verdadeiras mudanças. Apagam-se antes mesmo que possam acender ou ascender. Dentro dos clãs dos caciques apagar projetos alternativos é ordem.

 

Assim, de tempos em tempos, os velhos caciques - ora oposição; ora situação - retornam ao palco do espetáculo das eleições se apresentando como grandes novidades. Se possível, como salvadores da pátria que eles mesmos ajudaram a construir estando em seus postos de decisão política por uma vida inteira.

 

Mas, tal qual Pilatos, lavam as mãos e prometem uma Alagoas que começa do zero. Ora, quantas vezes uma nova Alagoas não foi prometida. Já teve cacique que cantou o “caminho do bem” e deu respostas pífias e deixou o povo aguardando a mudança; não teve a mesma pressa de suas campanhas publicitárias. 

 

E assim vai...

 

Quando o cansaço abater e chegar a hora do recolhimento, não se largará o osso. O investimento pesado é na ocupação de espaço. Em cena, os novos nomes, os mesmos sobrenomes...e enfim, a velha promessa de que seremos salvos!

 

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