Vereadores trocaram aumento do duodécimo por cargos; mas é só por enquanto
Momentaneamente está tudo bem entre o prefeito e os vereadores. Mas, a conta, a cobrança, ainda vai bater na mesa do prefeito Rui Palmeira (PSDB). O argumento é simples: 70% do duodécimo repassado mensalmente são para pagar os salários dos servidores efetivos, ficando o restante - que é considerado insuficiente -, para as demais despesas, incluindo manutenção, cargos comissionados e gabinetes.
A negativa dura e clara do prefeito Rui Palmeira, somada a reação da opinião pública, fez os vereadores recuarem da intenção de aumentar o duodécimo da Câmara em mais R$ 5 milhões. Seria um desgaste para todos os atores políticos, especialmente por ser início de gestão.
Embora tecnicamente correta, o autor da emenda, vereador Zé Márcio (PSD), ao perceber que perdera o apoio político interno, optou por retirá-la.
Mas, como estamos falando de política, outra opção precisou ser apresentada para que tudo ficasse bem entendido as partes, nesse caso entre os poderes, certo? Então, alguns cargos comissionados a mais foram ofertados pelo executivo e, claro, aceitos pelos principais líderes.
E antes que alguém pense que houve qualquer ato ilícito no entendimento, digo que não houve. É assim mesmo que funciona a política no bastidor
Ora, convenhamos, como se diz no interior, “se eu te ofereço cuscuz para comer e você não quer, o melhor é retirá-lo da mesa”. Assim, o problema foi adiado, mas terá que ser resolvido. Quem sabe por suplementação orçamentária.
Rui Palmeira superou o primeiro embate político. Mas a questão vai volta à tona, de uma forma ou de outra, provavelmente antes do que imaginamos.
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