A polêmica licitação do transporte público intermunicipal realizada pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de Alagoas (ARSAL) – que vem sendo questionada na Justiça – “aqueceu” os cofres do órgão.
Com o fim do processo licitatório e os já licitados trabalhando, são R$ 4 milhões em poder da ARSAL e a previsão de entrada para mais recursos nos próximos meses. De acordo com o presidente do órgão, Waldo Wanderley, o recurso será utilizado em melhorias do próprio transporte intermunicipal.
Uma das ações citadas por Waldo Wanderley é a construção de novos terminais, onde estes não existem ainda, além de reforma de antigos terminais e de abrigos para os usuários do sistema.
Claro que – com dinheiro em caixa e a proximidade de ano eleitoral – a ARSAL pode causar “brilho” nos olhos de alguns aliados do governo. Mas, Waldo Wanderley diz confiar no governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e no projeto em andamento em conjunto com a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico.
Em outras palavras, deve permanecer até o fim do mandato de Vilela na cadeira de presidente na ARSAL. Waldo Wanderley diz que não haverá problemas na continuidade das ações que estão sendo planejadas com estes recursos.
Waldo Wanderley ainda sustenta a legalidade da licitação do transporte complementar. Diz ele que seria injusto cooperativas participarem do processo, pois concorreriam com pessoas físicas. “Seria um desequilíbrio, já que tivemos também uma licitação para empresa que foram as linhas de ônibus e não os complementares. Foi um modelo de licitação legal e justo”, afirmou.
O fato é que a questão está na Justiça e na próxima semana deve ser apreciado mais um recurso em relação ao fato. Há – infelizmente – um clima de tensão entre ARSAL e cooperados, sobretudo nas fiscalizações e – consequentemente – apreensão de veículos clandestinos. Para se ter ideia, de acordo com Waldo Wanderley, serão comprados coletes para os agentes, diante de ameaças.
O presidente da ARSAL diz que é mais uma questão de cautela diante de ameaças verbalizadas, mas ele acredita que os cooperados liderados pela Copervan são pessoas pacíficas. Bem, o caminho mais civilizado é a Justiça.
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