O senador Fernando Collor de Mello (PTB) cumpre uma agenda com afinco até o ano de 2014: dialogar com um novo público e mudar a forma como parte da opinião pública ainda o enxerga. Matéria prima para este raciocínio e para as estratégias: os índices de rejeição que ainda existem e – evidentemente – os projetos políticos que o senador ainda possui.
A estratégia é legítima! Collor conta com excelentes profissionais para isto, além de outras “armas”. Assim, já conseguiu virar a “referência” da oposição ao governo do Estado em Alagoas. Faz o papel que caberia – ao menos no que diz respeito ao maniqueísmo das siglas – ao PT em Alagoas. Mas, quem é o PT em Alagoas? Coadjuvante em busca de alguns espaços desde eleições passadas.
A partir deste marco referencial conquistado, Collor dialoga com entidades de classe, sindicatos, estudantes e até com setores que – em épocas passadas – teriam rejeição ao seu nome. Ganha musculatura, reoxigena a imagem e coloca um novo público para refletir. Público este que renova seu eleitorado.
Collor esbarrou em “tetos” na votação que teve nas últimas eleições. Engana-se quem acha que o senador não está sabendo “jogar o jogo”. Até a antecipação do clima eleitoral é benéfico, para ele, evidentemente. Coloca em pauta as feridas do principal adversário: o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). E são muitos os problemas enfrentados pelo governo do Estado. Da segurança à Educação, passando pela Saúde.
Os passos colloridos seguem uma agenda de resultados. Há quem quantifique e qualifique isto. Está nas entrelinhas dos textos divulgados pela assessoria de imprensa de Collor. E assim tenha hora de avançar, de recuar, de ser light, de ser fúria...
Na recente palestra conferida pelo senador do PTB a um grupo de estudantes se observa os destaques aos elogios e à revisão biográfica do senador, inclusive enquanto presidente da República.
Não se trata de um novo Collor, mas do mesmo Collor; só que ciente de que um processo eleitoral não se ganha em 28 dias. Ciente que exceção não é regra. Ciente do caminho e de suas intempéries...
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