A fusão entre o PPS e o PMN terá reflexos em Alagoas, como já falaram alguns blogueiros locais, sobretudo pelas personalidades que ocupam espaço no PMN, no Estado. Para citar dois: o deputado federal Francisco Tenório e o ex-deputado estadual Cícero Ferro; que são aliados históricos do senador Fernando Collor de Mello (PTB).

Do outro lado, o PPS de Régis Cavalcante (presidente estadual da legenda), que ocupa atualmente uma das pastas do governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB): a secretaria da Pesca. Collor e Vilela - atualmente! - estão em campos totalmente opostos da política alagoana. Enquanto nacionalmente, o norte da fusão é bem definido; no cenário local, é a busca por aglutinar interesses diferentes; pelo menos de alguns dos filiados. 

 

O norte local - entretanto - será definido por Régis Cavalcante. Mas, terá o novo partido força para impor suas decisões a Chico Tenório e Cícero Ferro? Eis uma pergunta que foi feita - com outras palavras - por alguns jornalistas. É uma questão levantada!

 

Sobre a fusão - por meio da assessoria de imprensa do partido - Régis Cavalcante afirmou o seguinte: “o novo partido deverá conciliar os setores da sociedade que estão insatisfeitos com os rumos tomados pelo país, com a que a queda da produção, a desinsdustrialização, com inflação afligindo o bolso dos trabalhadores mais pobres, que há duas décadas não sentia seus efeitos. Essa nova organização política vai trabalhar para combater essa situação que estamos vivendo”.

 

Um discurso com o foco na oposição que a nova legenda vai fazer ao PT da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Para Régis Cavalcante, portanto, nasce um novo e importante espaço de oposição. Reforçando o papel de oposição já feito pelo PPS. Mas e no cenário político local? Quais as consequências da fusão?

 

Régis Cavalcante se encontra em Brasília justamente para discutir os aspectos da fusão e participar do Congresso Extraordinário do partido. Viajou ele e os delegados da legenda. Tentei falar com Cavalcante, mas não obtive êxito. Em uma declaração dada à Tribuna Independente, o presidente do PPS destaca: “ainda não sei quem está no PMN, mas sei que após fusão nem o PMN, nem o PPS existirão mais. Assim quem não se sentir satisfeito para militar sob essa nova legenda, saia para buscar uma onde se sinta mais confortável”.

 

Estou no twitter: @lulavilar