Governador Vilela; explosão da DEIC e a sensação de ser um “lixo, um nada”
A entrevista de Iara Maria da Silva ao Jornal Gazeta de Alagoas desta terça-feira (16-04) é daquelas que causam a maior das indignações. Ela é uma das vítimas da explosão na DEIC (Divisão Especial de Investigação e Capturas), ocorrida há 4 meses.
Passado todo esse tempo nada foi resolvido pelo governador Vilela, apesar das promessas feitas e das ordens ditadas, mas foram mais uma vez palavras ditas ao vento – ou terá sido as tartarugas? -, como tantas outras.
Hoje, Iara Maria da Silva, revela que se sente como se fosse totalmente insignificante para o governo e desabafa: “A impressão que a gente tem é de que a gente não existe, a gente não passa de lixo, de um nada”.
Em todo o seu desabafo Iara consegue ser verdadeira e contundente. Parece até que o governo tucano é completamente omisso e descompromissado com os direitos do cidadão, assim como foi ao demorar a agir com relação aos efeitos da seca. Pois é Iara, o que esperar de quem promete contratar mil novos policiais por ano, repetiu a promessa e não a cumpre?
O que preocupa é que o que está ocorrendo reflete na imagem que o cidadão constrói com relação ao poder público. Ora, se o Estado, na figura de um governante, não cumpre com as suas obrigações quanto à segurança, educação e saúde e quando erra não repara a sua incompetência e ao prometer não cumpre, o cidadão perde o respeito, acredita na impunidade, comete pequenos atos ilícitos, pequenos crimes.
É assim, também, que um governo contribui com o aumento da violência de forma direta e indireta.
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