PSD nos braços de Dilma; “PT não pode abrir caminho pra volta do PSDB”

12/04/2013 14:20 - Voney Malta
Por Voney Malta

O noviço Partido Social Democrático (PSD) deu esta semana mais um largo passo para cair no colo da presidente Dilma Rousseff (PT). Mais três diretórios estaduais decidiram que vão apoiá-la na eleição de 2014: Paraíba, Sergipe e Distrito Federal.

Ao todo, nove diretórios já se manifestaram favoravelmente. Com essas formalizações, dirigentes da sigla vão continuar consultando os demais diretórios e as suas bases políticas para alcançar uma maior representatividade.

Entretanto, o que se passa dentro do partido comandado pelo ex-prefeito de São Paulo é puro formalismo. Em documento de divulgação do PSD, o próprio Kassab diz que “a percepção é de que o PSD poderá, em breve, definir uma posição favorável à candidatura de Dilma”.

A verdade é que os dirigentes do partido já consultaram as suas bases e não encontraram nenhuma importante rejeição à candidatura da presidente Dilma.

Em Alagoas, o presidente do partido, deputado João Lyra, por inúmeras vezes já declarou a sua admiração por Lula e Dilma. A tendência natural para ele, apesar dos graves problemas que vem enfrentando nas suas empresas, será a de também seguir a tendência nacional.

Bom, enquanto isso, o governador petista de Sergipe, Marcelo Déda, declara que o “PT não pode abrir caminho para volta dos tucanos”. Com essa declaração ele pretende apaziguar a insatisfação de diversos companheiros que defendem o rompimento com governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que tenta lançar-se como candidato a presidência em 2014.

O governador de Sergipe tem sua dose de razão. Ora, todo partido tem o dever de crescer para não ficar pequeno e nenhum partido é obrigado a abrir mão do seu desejo de governar o Brasil.

Porém, diz Déda, “é preciso cautela para analisar a melhor oportunidade para o lançamento da candidatura, para evitar que a possível separação entre PT e PSB permita ao PSDB retornar ao poder”.

Portanto, caro leitor, as circunstâncias e sua excelência “o fato”, vão, como sempre, determinar o caminho da política.

A nós, resta aguardarmos as cenas dos próximos capítulos, porque política é uma atividade muito semelhante à novela das oito. Tem mocinho e vilão, casamento e separação; mas tem mesmo é muita traição.

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