A economia do Estado de Alagoas, referente ao ano de 2012, prevê um crescimento cinco vezes maior que o do Brasil. A afirmação pôde ser concluída após apresentação dos resultados da estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) alagoano de 2012 e da variação do PIB do quarto trimestre do ano passado. Os números, expostos nesta sexta-feira (12), foram consolidados pela Superintendência da Produção da Informação e do Conhecimento da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande).
De acordo com o cálculo, que é baseado em metodologia utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de crescimento real da economia alagoana em 2012, levando em conta os setores da agropecuária, indústria e serviços, é de 4,4%. Esse número torna a estimativa do PIB alagoano a maior do Nordeste, entre os Estados que adotam a metodologia, são eles: Bahia, Ceará e Pernambuco, que no acumulado do ano passado cresceram 3,1%, 3,6% e 2,3%, respectivamente.
No caso do Brasil, que a previsão é de um crescimento de 0,9% para o acumulado do ano, Alagoas superou também na estimativa do PIB do quarto trimestre de 2012, onde 2% representa o crescimento da economia alagoana, em paralelo ao índice de 1,4% do Brasil, ficando também na frente de Pernambuco, que cresceu 1,3%.
Os setores que compõem o cálculo da estimativa do PIB 2012 que apresentaram números positivos são: a indústria, que registrou um acréscimo de 10,3% e serviços, apresentando um aumento de 4,3%, ambos com relação ao mesmo período do ano anterior. Dos subgrupos que compõem o setor industrial, destaca-se o resultado positivo da indústria de transformação, que obteve um crescimento de 9,5%.
“Mesmo com o recuo na agropecuária no ano passado, devido aos efeitos negativos da seca, a economia alagoana continua crescendo e devemos isso a manutenção do bom desempenho da indústria, como a nova planta industrial da Braskem e o alto consumo no setor da construção civil. Além disso, os bons resultados em serviços com o desembarque de passageiros e a oferta de crédito que movimenta o comércio alavancaram os números”, comemorou o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes.
Dos índices que compõem a indústria de transformação, alimentos e bebidas apresentou um acréscimo de 5,9%, e produtos químicos, que engloba toda a Cadeia da Química e do Plástico do Estado, representou um aumento de 22,8%.
De acordo com o economista da Seplande, Roberson Leite, o alto desempenho de 2012 da área industrial, dentre outros fatores, foi impulsionado pela implantação de nova planta industrial no setor químico, em agosto. “Uma variável que reflete bem esse setor é o consumo de energia elétrica, que no acumulado do ano cresceu em 23,2% nas indústrias e 7,5% nas residências”, afirmou Roberson.
“O comércio vem obtendo um bom desempenho não só em 2012, mas nos últimos quatro anos, devido ao aumento da concessão de crédito, que impulsiona as vendas e consequentemente o lucro. No quarto trimestre, o volume de vendas aumentou em 17% e a receita em 19%”, declarou o superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento da Seplande, Thiago Ávila.