O líder do prefeito da Câmara Municipal de Maceió, Eduardo Canuto (PV), cumpriu sua função: foi à tribuna da Casa de Mário Guimarães para ressaltar os primeiros 100 dias do novo prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB).

 

Canuto tem cumprido o papel de líder com discrição e sem entrar em confrontos com os colegas. Uma função que permite colher questionamentos e voltar com respostas. Mostra uma escolha acertada do prefeito. Tem funcionado.

 

Convenhamos que não é difícil. Afinal, a disposição do parlamento-mirim para ser oposição é pouca. Porém, Canuto – mesmo tendo feito parte de um projeto eleitoral divergente do prefeito, em 2012 – tem acertado na dose.

 

Ao falar de Rui Palmeira, na manhã de hoje, destacou a transparência da gestão do atual prefeito e mais uma vez retomou o discurso da herança maldita. É aí que entra uma reflexão necessária.

 

Primeiro: a herança maldita – os rombos denunciados inclusive ao Ministério Público Estadual por Rui Palmeira – já foi cantada em verso e prosa. É hora do Executivo mudar o discurso e projetar Maceió para frente. Para isto, Rui Palmeira conta com uma pesquisa de opinião embasada – como já mostrou este blog – que mostra, de forma detalhada, as prioridades e o que o maceioense espera do novo prefeito.

 

Hora agora é de ações mais sólidas da administração municipal. Que apontem para o futuro. Até agora, foram ações positivas, porém muito pontuais e sem traduzir sinergia e norte.

 

Chega do discurso da herança maldita. Espera-se da Prefeitura Municipal soluções. Afinal, desde o início era um projeto de oposição ao que se encerrou com Cícero Almeida (PSD). É claro que a “herança” atrapalha. Óbvio!

 

Mas, não pode servir de alicerce para fundamentar um discurso eterno. Vale lembrar a gestão tucana estadual que a todo sinal de crise chora as lamurias de um passado e fica aquém nas respostas que precisam ser dadas pensando num futuro. Não é isto que se espera de Rui Palmeira e – ao que tudo indica – o projeto dele é outro. Hora deste projeto aparecer com mais clareza, inclusive em ações.

 

Espera-se ações consistentes que apontem para soluções em relação à Saúde, quanto a questão envolvendo as Oscips, na Educação, dentre outros pontos. Em 100 dias não era para ter resolvido, evidentemente, mas era para a “cara” da nova gestão estar melhor identificada e com metas claras para curto, médio e longo prazo. Um prefeito que foi tão didático quanto a isto na campanha, poderia ser agora também.

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