A presidente Dilma Rousseff (PT) aposta em cinco eixos – cada qual com um conjunto de medidas – para combater a seca e os seus efeitos no Nordeste.

A estratégia do governo federal já foi repassada aos governadores, em reunião ocorrida ontem, em Fortaleza (CE), o que incluiu o chefe do Executivo de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB).

As medidas são anunciadas tardiamente, mas vão além do “bolsa-bode”. Os cinco eixos – caso sejam cumpridos na íntegra – devem desembolsar R$ 9 milhões em ações que buscarão aumentar oferta da água; do milho para alimentação dos animais (um problema sério com o qual lida o governo federal com extrema dificuldade); ampliação de crédito aos agricultores, além de um sistema de monitoramento.

Já era para se ter uma agenda positiva mais eficaz em relação às ações de combate aos efeitos da seca no Nordeste. Afinal, não é uma surpresa e já se cunhou – historicamente – a expressão “indústria da seca”.

Em Alagoas, especificamente, uma das ferramentas para amenizar o sofrimento é o Canal do Sertão, prometido desde épocas distantes e – somente agora! – com seus 65 quilômetros primeiros inaugurados na gestão de Dilma Rousseff (PT).

É uma obra de extrema importância para o nordestino. Não se nega isto. Porém, ainda há dúvidas quanto ao seu funcionamento e gestão; chegando a se questionar a efetiva ajuda ao pequeno agricultor. Que a água chegue a quem tem que chegar e que o custo seja justo para este. Que os governos tenham esta sensibilidade.

Mas, retornando ao “pacote” de medidas de Dilma Rousseff, a presidente prometeu 340 mil toneladas de milho para os meses de abril e maio. Volto a repetir: este é um problema gravíssimo e já foi mostrado pela imprensa nacional.  Os representantes presentes ainda reclamaram, à presidenta, uma maior atenção com os seus rebanhos.

Dilma Rousseff também falou de garantir de verbas para ofertar água por meio de carros-pipas. Um acréscimo de 30% na quantidade de veículos.

Um dos eixos de importância é o anúncio da renegociação das dívidas dos agricultores que foram atingidos pela seca. Garantia de 10 anos para quitação, com carência de dois anos para pagamento da primeira parcela.  Os governadores saíram do encontro satisfeitos. O que incluiu – friso novamente – Teotonio Vilela Filho. 

 

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