Em meio às discussões sobre o recadastramento que vem sendo feito na Câmara Municipal de Maceió – levantadas pelo vereador Guilherme Soares (PSOL), ao cobrar medidas a serem adotadas pela Mesa Diretora – o que chamou a atenção foi o pronunciamento do edil João Luiz (Democratas).

Um dos mais experientes da Casa de Mário Guimarães, João Luiz já chegou a presidir o parlamento-mirim e realizar recadastramento em sua gestão. Ele foi enfático sobre a medida adotada pela Mesa presidida por Francisco Holanda Filho, o Chico Filho (PP). “O que vai acontecer com o recadastramento? NADA!”, frisou o edil do Democratas.

“Participei de 10 Mesas Diretoras. Todas fizeram recadastramento. Nunca deu eu em nada. Era isto que eu queria dizer. Nunca deu em nada; nunca vi dá em nada”, complementou.  De acordo com João Luiz, atualmente são 262 vereadores.

“Quando eu fui presidente eram mil funcionários. Não os demiti, porque não fui que eu os admiti. Mas, quando o presidente foi Maurício Quintella (atual deputado federal) foram demitidos mais de 600 que estavam ilegais. A pergunta agora é: todos os ilegais saíram, ou ainda permanecem na folha?”, colocou ainda o pastor.

Ora, a resposta é bem simples e já comentei isto aqui no blog: que sejam analisadas as datas de admissão. Afinal, a Câmara nunca fez concurso. Logo, só podem ser efetivos os que se enquadrem no que era a lei antes da Constituição Federal de 1988.

“Eu acho que não vai mudar nada. Mas, quem sabe algo acontece”, finalizou João Luiz. A resposta foi dada pelo vereador Kelmann Vieira (PMDB), que responde pela primeira-secretaria: “o recadastramento está sendo feito. Tão logo seja terminado, sentarei com o presidente para discutir medidas adotadas. A fase é de quase conclusão. Chegamos de forma preliminar ao número total de funcionários, mas só não será adotado ponto eletrônico nesta Casa se a maioria não quiser, pois somos colegiado”.

Kelmann Vieira não gostou muito do pronunciamento do pastor João Luiz. Mas, o edil do Democratas disse que não duvida da Mesa Diretora.  Porém, o pastor finalizou ironizando: “Se o ponto funcionar, eu aplaudo e estarei aqui para ver. Agora, se todos vierem trabalhar na Câmara Municipal de Maceió, eu virei com medo. Pois, o prédio da Câmara vai cair”. 

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