Alunos e professores das casas de cultura da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) estiveram reunidos, na manhã desta terça-feira (2) com o procurador do trabalho para cobrar soluções do possível fechamento dos cursos e demissão dos professores.
Segundo o procurador Rodrigo Alencar, o Ministério Público do Trabalho vai tentar solucionar a situação dos cursos junto com os Ministérios Públicos Estadual e Federal.
“Apesar de a reunião não estar agendada aqui no MPT, ouvimos os professores e alunos e vamos agir para solucionar o problema. Essa é a primeira reunião sobre o assunto e devemos convocar a Ufal e o Tribunal de Contas da União (TCU) para chegar a um consenso”, disse.
Alencar explicou que a contratação dos professores das casas de cultura pela Ufal é feita de forma ilegal e que a Universidade realiza o trâmite através da Fundepes (Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisas), mas desde 2001 uma ação judicial proíbe tal prática.
“O prazo para esta adequação já foi prorrogado, mas a contratação persiste e isso terá que ser explicado”, afirmou.
Na última semana, professores denunciaram que as casas de cultura, que funcionam no espaço cultural da Ufal, na praça Sinimbu, estariam ameaçadas de fechar e que os professores temiam serem demitidos. Eles afirmam que a Ufal pretende demitir professores e substituir por alunos de graduação do curso de Letras, para cumprir a determinação do TCU.
Augusta Teixeira, estudante de Inglês e Alemão no espaço, foi uma das que começou a mobilizar estudantes na internet para lutar pela manutenção do espaço. Ela disse que novos protestos deverão ser organizados para chamar a atenção do poder público para o fechamento dos cursos.
“Nós que estudamos lá somos privilegiados por ter acesso a um ensino de qualidade e com um preço acessível. O fechamento das casas causaria um impacto muito grande na nossa sociedade. Isso não pode acontecer”, protestou.