O vereador Galba Neto (PMDB) parece que será a “pedra no sapato” da atual Mesa Diretora da Câmara Municipal de Maceió. Após cobrar celeridade em relação ao seu projeto de lei que extingue a verba de enxoval dos vereadores da capital alagoana, o edil retornou à tribuna da casa legislativa para solicitar um sindicância para apurar porque o projeto não tramitou da forma correta na Casa.

De acordo com Galba Neto, ficou comprovado que ele estava com a razão, uma vez que o projeto de lei entra na pauta nesta terça-feira, no prolongamento do expediente. Ou seja: não foi lido! Porém, o projeto já contava com relatoria, mesmo sem o trâmite correto.

O que Galba Neto quer agora? Sindicância para apurar os motivos de atropelar o trâmite. Em outras palavras, saber se houve má-fé para criar óbices para a votação.  A sindicância – se aberta – deve ouvir funcionários, mas também vereadores. Inclusive a própria Mesa Diretora. Uma pedra no sapato.

“Não quero ser paladino da moralidade, nem espada da Justiça. Apenas defendo o que acho certo e há uma série de falhas nesta ‘janela de custo’ (verba de enxoval). Devem ter feito uma janela de custo, pois as portas deviam estar fechadas. Mas, vou guardar meus argumentos para a discussão do mérito do projeto”, salientou o edil.

“O fato do projeto ser lido hoje no prolongamento do expediente é a prova de que o trâmite estava errado e eu estava com a razão. Fui bombardeado com informações desencontradas. Mas, tudo que falei era a mais absoluta verdade”, colocou ainda.

Por fim, destacou que a Câmara Municipal poderia seguir o “bom exemplo” da Câmara Federal, que acabou com os salários “extra”.  Uma pena que a discussão só chegue agora na Casa de Mário Guimarães. Afinal, a ideia poderia ter sido levantado antes, inclusive na legislatura de Galba Novaes de Castro (PRB), o pai do atual propositor da ideia. 

Galba Novaes

Comentei neste post que a ideia levantada por Galba Neto poderia ter sido discutida antes na legislatura de Galba Novaes, que é pai do propositor da ideia. O ex-presidente da Câmara Novaes faz a ressalva de que - segundo ele - durante a gestão da presidência de Arnaldo Fontan (PRTB), a ideia foi apresentada como forma de contenção de gastos, mas derrubada por maioria.

Ou seja, Novaes afirma que já apresentou ideia semelhante a do filho no "parlamento-mirim". Ainda frisou que - enquanto presidente da Casa - também trabalhou para baixar custo, reduzindo verbas indenizatórias, mas também foi vencido por maioria. 

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