A política do “tô nem aí”!
A política do “tô nem aí” é a que vemos todos os dias nos fatos e atos mais singelos, ou não, mas que trazem a sensação de impunidade e do quanto os governos fecham os olhos para pequenos atos ilícitos ou desrespeita uma categoria ao não cumprir a sua função.
Vejamos alguns exemplos: em Alagoas existem cerca de 70 Defensores Públicos. Esse número é irrisório. A função desse profissional é atender as demandas jurídicas do povo, dos mais pobres, daqueles que não podem pagar a um advogado para representa-lo. Como não é atendida, a sensação é de abandono, de descrédito e decepção porque cabe ao governo do estado garantir este direito para o povo. E isso não é garantido pelo governador Vilela.
Outro caso é quando qualquer um de nós precisa de um atendimento em um hospital público. Meu DEUS! Uma vergonha. Como ser humano a sensação é de descaso completo, no interior ou na capital.
Ou então numa delegacia, seja também na capital ou no interior. Falta policiais, infraestrutura, ambiente adequado. Além disso, os funcionários demonstram insatisfação com o quadro de abandono. E se você, infelizmente, precisar da elucidação de um crime? Já sabe o quanto é improvável que ocorra a solução.
Na educação escolas que não funcionam, professores reclamando, tetos de escolas desabando, e ninguém é responsabilizado por tão má gestão. Decreta-se Estado de Emergência para recuperar a escola – é bom lembrar que o decreto suspende a necessidade de abertura do procedimento licitatório.
São alguns poucos exemplos que reforçam a ideia de que a sensação de impunidade e descaso está dentro da sociedade, seja pobre ou rico, mas sabendo que os que mais sofrem são aqueles que mais precisam, bem sabemos. É como se o governador Vilela, o poder público, tivesse optado pelo abandono aos mais pobres.
Daí, o que vemos, é cada vez os mais jovens optando pelo mundo do crime porque, entre outras coisas, há uma descrença total contra o poder público por não atender as demandas e melhorar as condições de funcionamento da máquina para beneficiar o povo e para punir aos infratores. Por isso digo que o sentimento geral é de decepção e certeza de que a impunidade sempre vence. Por isso trabalhadores fecham ruas e rodovias, motoristas de ônibus interditam o tráfego de veículos e ninguém é punido.
Essa é a política do “tô nem aí”.
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