A perícia de constatação em local de morte violenta provocada por um incêndio ocorrido no dia 16 de janeiro deste ano, na casa de nº 21 do loteamento Jardim Petrópolis II foi concluída. O laudo com 23 páginas realizado pelo perito criminal Jailson Aquino foi encaminhado à delegacia do 4º Distrito Policial responsável pela investigação do fato.

No incêndio morreram carbonizados no interior da residência Jairo Lacerda Guerra, sua esposa Maria Severina da Silva e o filho do casal Arthur Gabriel Lacerda da Silva. Mesmo a policia identificando que o incêndio foi criminoso e provocado pela esposa e mãe das outras duas vítimas, o laudo servirá para mostrar no inquérito a dinâmica do crime.

Segundo o perito Jailson Aquino o que mais chamou atenção foi o fato do corpo da criança ter sido encontrado caído por cima do corpo do pai. A presença de forro de PVC, material altamente inflamável também foi decisiva para o alastramento do fogo.

“Quando o forro foi atingido pelo fogo na parte superior, transformou-se em material ignescente, caindo sobre outros materiais de fácil combustão no piso, propagando e produzindo outros focos de fogo além daquele que deu inicio ao sinistro”, afirmou o perito.

Outra constatação realizada pela perícia foi o foco inicial do incêndio. No laudo, o perito criminal confirma que o fogo foi iniciado na cozinha que faz comunicação direta com o quarto do casal onde foram encontrados os corpos. Aquino também concluiu que a queima foi programa pela autora e executada para o fogo se processar em direção e sentido da parte posterior da cozinha para a interior da casa, o que dificultou e impediu a saída das vítimas por qualquer dos acessos.

“A porta de entrada da casa estava trancada e a chave que era usada para abri-la estava no quintal, cujo acesso era pela porta da cozinha, que se encontrava com ambiente tomado pelas chamas. Isso provocou o confinamento das vítimas que foram a óbito em consequência da ação do fogo, dos efeitos do calor e da fumaça”, explicou Aquino.