O Ministério Público instaurou nesta quarta-feira (6), um procedimento administrativo para decidir com quem ficará o bebê que nasceu prematuro após a mãe morrer vítima de agressão. A família de Gilvanete Rosendo da Silva se recusou a ficar com a criança.
A grávida morreu no último dia 29 de parada cardíaca. Ela estava internada no Hospital Universitário após ter sido agredida pelo marido com uma barra de ferro em Limoeiro de Anadia. O bebê nasceu prematuro e continua internado no HU.
O procedimento foi instaurado pela promotora Cecília Carnaúba, da Comarca de Limoeiro de Anadia. Em seu parecer publicado no Diário Oficial de hoje, ela afirma que a criança precisa de uma definição após sair do hospital.
A promotora frisou no texto que o pai da criança está preso e pela lei ele deveria ficar com a guarda da criança. O grande entrave a ser resolvido pelo MP é definir com quem irá ficar a criança. A família paterna disse se interessa em ter a guarda do bebê. A família da mãe se recusou.
O caso
Gilvanete foi agredida grávida de 8 meses pelo marido com uma barra de ferro no dia 06 de janeiro. Ela foi socorrida na Unidade de Emergência do Agreste e encaminhada para o Hospital Universitário, onde deu entrada no dia 07. Após quatro dias de sua internação, os médicos optaram por realizar uma cesariana para salvar o bebê.
Protesto cobra justiça pela morte de grávida
Uma manifestação está sendo coordenada pela Secretária de Estado da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos, para a hoje, em Limoeiro de Anadia. Moradores da cidade vão ás ruas com o objetivo de não deixar cair no esquecimento a morte da agricultora Gilvanete. O protesto contará com carro de som e faixas, além da presença dos moradores da cidade e de representantes de órgãos de direito humanos e da mulher.