Após mais uma reunião frustrada onde a proposta de realinhamento salarial ainda não foi atendida pelo Governo do Estado, as várias associações e lideranças da Polícia Militar, estarão em reunião para definir a sequência das negociações. Os militares não descartam inclusive, um aquartelamento às vésperas do Carnaval.

A proposta de realinhamento salarial, segundo os militares, foi reduzida em quase 70%, tendo em vista que na primeira avaliação, o impacto dos reajustes chegariam a casa dos R$ 14 milhões. A proposta reformulada na noite de segunda-feira foi entregue na manhã desta terça-feira na Secretaria de Estado da Gestão Pública (SEGESP) e Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ), e mostra um impacto menor, em torno de R$ 8 milhões.

Mesmo assim, o Estado não tem negociado com os militares, de acordo com Major Fragoso. “Mudamos a nossa proposta por três vezes, baixamos cerca de 70% do realinhamento inicial e mesmo assim o Estado não negocia.”, disse.

Segundo o presidente da Associação de Cabos e Soldados em Alagoas (ACS/AL), cabo PM José Soares, a Segesp deixou claro que o valor do impacto não é exequível. “Ficamos preocupados com o resultado da reunião de hoje e esperamos contar com a presença de toda a tropa na Assembleia Geral para poder explicar tudo que foi debatido até o prezado momento”, disse.

Diante do impasse, os militares se reúnem na tarde desta terça-feira. Na ocasião, uma nova assembléia irá decidir os próximos passos da negociação, uma vez que a secretária adjunta da Segesp, Ricarda Calheiros, prometeu uma reunião de urgência com o governador Teotônio Vilela Filho.

Questionado sobre um possível manifesto ou aquartelamento da tropa às vésperas do carnaval, Major Fragoso não afastou a possibilidade. “Essa reunião serve para tomarmos decisões importantes. Confesso que sou pela maioria, se os companheiros optaram pela paralisação, estarei junto”, finalizou.