Uma manifestação está sendo coordenada pela Secretária de Estado da Mulher, Cidadania e dos Direitos Humanos, para a próxima quarta-feira (06), em Limoeiro de Anadia, com o objetivo de não deixar cair no esquecimento a morte da agricultora Gilvanete Rozendo da Silva,40. O protesto contará com carro de som e faixas, além da presença dos moradores da cidade e de representantes de órgãos de direito humanos e da mulher.
Gilvanete foi agredida grávida de 8 meses pelo marido com uma barra de ferro no dia 06 de janeiro. Ela foi socorrida na Unidade de Emergência do Agreste e encaminhada para o Hospital Universitário, onde deu entrada no dia 07. Após quatro dias de sua internação, os médicos optaram por realizar uma cesariana para salvar o bebê.
Após dar a luz a uma menina, a mulher foi encaminhada para a UTI do Hospital, onde passou vários dias respirando através de aparelho. Em estado de tetraplegia, decorrente da agressão sofrida, a paciente acabou piorando após uma crise de pressão baixa e a evolução de uma infecção respiratória, comum em pacientes internados muito tempo na UTI e que ficam ligados ao aparelho de ventilação mecânica. Os médicos não conseguiram reverter à situação e Gilvanete faleceu no dia 29.
Os familiares assim como todo o município de Limoeiro de Anadia receberam a notícia com comoção. A secretária de Estado da Mulher, Katia Born, ressaltou que a manifestação será realizada para a tragédia não ser esquecida e que além de trabalhar pela punição do agressor, servirá para alertar a sociedade a importância da Lei Maria da Penha.
O delegado distrital de Limoeiro de Anadia, Emanuel David, confirmou que Adriano Silva Rodrigues, de 22 anos, acusado de agredir a esposa, Gilvanete, será indiciado por crime de homicídio qualificado.
Ainda participaram do ato a superintendente de Promoção dos Direitos e de Políticas para a Mulher, Solange de Albuquerque Viégas; a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), Eulina Neta; o superintendente de Direitos Humanos, Geraldo de Majela; e o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, Fernando Teles. Também devem participar militantes de partidos políticos, bem como entidades da sociedade civil.