Caio Blat falou à revista Trip de fevereiro sobre sua relação com os morros cariocas. O ator está empenhado em trazer o cinema para a favela da Rocinha, em parceria com o arquiteto argentino Mario Jáuregui, que desenhou o teleférico do Complexo do Alemão. A dupla já conseguiu apoio da prefeitura e de patrocinadores e querem montar uma unidade fixa, que se banque com preços populares.

"É um negócio, precisa ser sustentável. Eu entro com a parte artística, e o Jorge sobe as paredes. Vamos montar um espaço intermediário, que o pessoal do asfalto e do morro possa frequentar. Queremos fazer coquetéis na laje, levar atores bombados e a imprensa. Queremos acabar com essa história de só fazer pré-estreia na Barra", afirmou.

O ator também relembrou o dia em que levou a peça Êxtase, montada em um casarão do grupo teatral Nós do Morro no Vidigal, quando os traficantes ainda comandavam o local, em 2001.

"Eles gostaram. Tanto que foram receber o pessoal de fuzil na mão. Fizeram escolta armada, como batedores, para as vans que aluguei para trazer amigos", disse.