O senador Benedito de Lira defendeu a candidatura do deputado alagoano Maurício Quintela(PR) à terceira secretaria da mesa diretora.
O senador expôs sua posição numa reunião com os dirigentes do PR. Benedito de Lira foi um dos representantes do PP na articulação que garantiu a participação do senador Ciro Nogueira na quarta secretaria da mesa do Senado.
O PP reivindicava o direito de disputar no voto um cargo na mesa do Senado e essa tese acabou prevalecendo. O cargo de quarto secretário foi o único disputado no confronto direto, que acabou resultando na vitória do pepista Ciro Nogueira.
Também, o prefeito tucano Rui Palmeira manteve contato telefonico com Quintella no sábado pela manha, parabenizando pela vitória em cima do pernambucano Inocêncio Oliveira que não vai mais para o "guiness book" como o único deputado do Brasil a ter ocupado todos os cargos na mesa diretora da Câmara Federal.
Palmeira disse que vai se empenha para a bancada tucana na Câmara feche com o alagoano Mauricio Quintela.
Carimbando votos
Quintella mesmo sendo domingo, passou o dia no seu gabinete na Câmara federal em companhia do deputado , articulando votos,pois ele precisa de 257 votos.
Falando ao blog do Bernardino, Quintella disse que a bancada federal de Alagoas tem dado apoio total a sua candidatura indo atrás de votos.
Grande vitória
Nesta sexta-feira, a bancada do PR se reuniu e indicou por 16 votos contra 14 o alagoano Mauricio Quintella para representar o partido na mesa diretora.Se tivesse tido um voto a mais, o pernambucano empataria com Quintella e, por ser mais velho do que ele, ficaria com a vaga: a 3ª secretaria.
Nos últimos 20 anos, Inocêncio ocupou todos os cargos na mesa diretora, à exceção de um: a 4ª secretaria. Inocêncio,foi presidente, 1º vice, 2º vice, 1º secretário, 2º secretário e 3º secretário. A eleição da mesa será nesta segunda-feira e o candidato favorito a presidente é o deputado Henrique Alves (RN).
A regra da proporcionalidade não vale apenas para a disputa da presidência da Casa. Nesse caso, todos os partidos podem indicar nomes. O candidato que obtiver 257 votos será eleito o novo presidente da Câmara. Se nenhum concorrente alcançar essa marca, haverá segundo turno entre os mais votados.
Pela tradição, cabe ao partido de maior bancada, atualmente o PT, indicar o candidato à presidência. Contudo, o PMDB, que tem a segunda maior bancada, vai indicar o candidato majoritário em virtude de acordo firmado com o PT para o rodízio das siglas no comando da Casa.
Como o PT está deixando a presidência depois de dois anos, pelo acordo, é a vez do PMDB indicar.O indicado do PMDB é o deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Mas a atual primeira-vice-presidenta da Casa, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), e o quarto-secretário, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), se lançaram como candidatos avulsos.
Além da presidência da Casa, estarão em disputa na próxima segunda-feira (4) a primeira e a segunda-vice-presidência e a primeira, a segunda, a terceira e a quarta-secretarias e suas respectivas suplências.
Os líderes já definiram que o PT ocupará a primeira-vice-secretaria e o PSD ficará com a segunda-vice na próxima legislatura.O PSDB continuará com a primeira-secretaria. Havia uma disputa com o PSD, mas as duas legendas chegaram a um acordo. Ainda não há definição sobre os partidos que ocuparão os demais cargos.
Além de atribuições específicas dentro da estrutura administrativa da Câmara, cada cargo na direção da Casa representa também poder e prerrogativas, como nomeações de assessores e carro oficial, além da cota parlamentar destinada para os demais colegas.
De acordo com Regimento Interno da Câmara, o presidente da Casa tem 46 cargos de livre nomeação. Já o primeiro e segundo-vice a 33 cargos. Também têm direto a nomear 33 pessoas o primeiro, o segundo, o terceiro e o quarto-secretário. Já os suplentes, podem indicar 11 assessores cada um. Os salários desses cargos variam entre R$ 2,6 mil e R$ 14 mil.
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