O técnico do Ituano, Roberto Fonseca (ex-CRB), minimizou as acusações feitas pelo atacante Neymar, do Santos, que o acusou de racismo e depois voltou durante o jogo realizado na quarta-feira, em Itu, pela quarta rodada do Campeonato Paulista.

O episódio aconteceu ainda no primeiro tempo quando o treinador reclamou do árbitro Leonardo Ferreira Lima sobre uma suposta simulação de falta do jogador santista.

Logo após a reclamação de Fonseca, Neymar teria entendido que foi chamado de macaco e indagou o treinador. Na sequência, perguntou ao quarto árbitro, Paulo Estevão Alves da Silva, se ele teria escutado o xingamento, que respondeu que não.

Ele perguntou se eu teria o xingado. Ele veio tirar uma satisfação, me perguntar. Foi uma precipitação dele. É do calor do jogo. A sorte que o quarto árbitro estava perto e ouviu o que eu disse", afirmou Roberto Fonseca, que descartou processar o santista pelo episódio.

"O Neymar não me acusou. Foi um equívoco e ele já minimizou a situação. Ele se retratou depois e falou que achava".

Roberto Fonseca afirmou também que os árbitros marcam faltas que não acontecem sobre Neymar. "Os árbitros têm essa preocupação com o Neymar. As faltas no Neymar ganham outra proporção. A mesma falta que o árbitro marca para o Santos não marca para os outros times", disse Fonseca, que chamou o jogador de cai-cai durante o jogo.

O Santos venceu o Ituano por 1 a 0 e garantiu a liderança do Campeonato Paulista com dez pontos. A equipe de Itu está na 15ª colocação --dois pontos-- e pode terminar a rodada na zona da degola