O silêncio, enfim, acabou. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL),admitiu oficialmente pela primeira vez que é candidato à presidência do Senado. Ao enviar nota à imprensa para se defender das acusações de Roberto Gurgel, noticiadas em primeira mão pelo Congresso em Foco, o parlamentar criticou o momento em que o Ministério Público apresentou a ação ao Supremo Tribunal Federal.
“A denúncia foi protocolada exatamente na sexta-feira anterior à eleição para a Presidência do Senado Federal”, afirmou Renan, por meio de assessores.
. A volta do peemedebista tem a bênção do Palácio do Planalto e foi resultado de uma costura política que uniu PMDB e toda a base de sustentação da presidente Dilma Rousseff no Congresso.
O "acordão" é bancado e chancelado inclusive pelo PT, que preferiu manter a aliança política com o partido majoritário dentro do Congresso a contestar a polêmica candidatura do alagoano.
O senador Humberto Costa (PT-PE) resume o motivo para tamanho apoio proveniente, inclusive, de parlamentares que afirmam ter votado - em deliberação secreta - pela cassação de Renan há seis anos: "Ele tem se mostrado comprometido com os interesses do governo. O que passou, passou e a população teve tempo de fazer sua própria avaliação".
Dessa maneira, a expectativa é que na gestão Renan os desejos do governo federal no Senado sejam facilmente contemplados justamente porque cabe ao presidente da Casa estabelecer o que entra ou não na pauta de votação e convocar as sessões plenárias tanto do Senado quanto do Congresso - da qual participam também os deputados.
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