O senador Benedito de Lira (PP) procurou mostrar a força do partido que comanda no Estado de Alagoas, na manhã de hoje. O pepista sabe que não pode ficar para trás em terra de caciques. Sobretudo, quando os demais líderes de legendas já se movimentam no xadrez político.

Ora, o senador Renan Calheiros (PMDB) tem uma sigla forte em suas mãos e aposta nisto para o ano de 2014. Se o trem seguir nos trilhos, terá o direito a dar cartas, já que pode se lançar ao cargo de governador do Estado, ou ainda apostar em composições tendo plano B e C para o PMDB: o filho e deputado federal Renan Filho (PMDB) e o ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (PMDB).

O senador Fernando Collor de Mello (PTB) não esconde o desejo pela reeleição e é o “cacique” mais apressado. Teotonio Vilela Filho deve costurar alianças que viabilizem seu retorno ao Senado Federal. Nesse jogo político, quem não pode perder espaço no xadrez é o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) e o senador Benedito de Lira (PP).

Assim como Renan Calheiros, Lira e Nonô aparecem como possíveis nomes na disputa pela Palácio República dos Palmares. Mas, sabem que precisam ir além da virtualidade e mostrar o seus tamanhos agora. Caso contrário, os acordos políticos e a construção do cenário os engolem.

Benedito de Lira parece ter acordado para isto. Mostrou que o partido tem peso, usou de declarações cautelosas no café-da-manhã de hoje, mas avisou: “estou aqui”. Benedito de Lira sabe que é um nome que não pode ser desprezado. Dizem nos bastidores, que no mínimo é alguém para indicar um vice-governador em algumas das chapas, se ele mesmo não for o candidato.

Começa a surgir quem aposte em uma composição unindo Renan Calheiros, Teotonio Vilela Filho e Benedito de Lira. Destes, apenas Nonô de fora das conversas? Bem, como próprio Lira falou: tem muita água para passar por baixo desta ponte de alianças virtuais e um ano inteiro pela frente.

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