Um tribunal de Chicago sentenciou nesta quinta-feira a 35 anos de prisão um americano de origem paquistanesa que ajudou na elaboração dos atentados cometidos em 2008 em Bombaim, na Índia, que terminou com 160 pessoas mortas.
David Coleman Headley conseguiu evitar uma condenação à morte, uma possível prisão perpétua ou ser extraditado para a Índia por ter colaborado com a justiça e se declarado culpado de um dos atentados mais sangrentos da história recente da Índia.
Na audiência da sentença, o juiz Harry Leinenweber disse que não acredita nas palavras de Headley "quando diz que mudou como pessoa", informou o jornal "Chicago Tribune".
O juiz afirmou que o mais importante é se assegurar de que Headley "não se encontre jamais na posição de cometer um novo ataque terrorista".
A Promotoria argumentou que Headley, de 52 anos, desempenhou nos dois anos anteriores ao atentado um papel fundamental em sua elaboração.
Em 26 de novembro de 2008, terroristas ligados ao grupo extremista paquistanês Lashkar-e-Taiba iniciaram um ataque que durou três dias e atingiu uma estação de trem, um centro judaico e o emblemático hotel Taj Mahal.
A defesa do condenado assegurou que Bradley estava sinceramente arrependido e tinha "abraçado os valores americanos", assim como contribuiu para os trabalhos de investigação.
Durante o julgamento, que começou em 2010, foram ouvidos vários parentes das vítimas, entre as quais se encontram seis americanos.