A dedicação de Alexandre Pato nos treinos arranca elogios no Corinthians. Suficiente para o estafe médico confiar na recuperação de seu futebol e ressaltar que Adriano fracassou, justamente, porque não teve empenho.

– O jogador tem de fazer parte do processo. Já nos doeu na carne que não adianta nenhum esforço nosso se o atleta não fizer parte do processo. Por melhor que seja o profissional da preparação, da parte técnica... O caso do Adriano foi uma lição de humildade para nós também – afirmou o fisioterapeuta do Corinthians, Bruno Mazziotti

Semanas depois que foi apresentado, em março de 2011, o Imperador rompeu o tendão-de-aquiles do pé esquerdo. O tratamento até hoje causa arrepios nos profissionais do clube, já que o atacante não seguia as recomendações médicas, abusava nas noitadas e no consumo de bebida alcoólica. Após diversos casos de faltas a treino, indisciplina e apenas oito jogos disputados em um ano, ele foi demitido.

Com Pato a perspectiva é totalmente contrária. Além de ser o “bom moço”, o camisa 7 tem mostrado evolução no dia a dia. A primeira parte de seu tratamento, porém, será coordenar aspectos musculares, técnicos e motores, para que a confiança seja recuperada.

Nos últimos meses, o jogador somou 16 lesões musculares e alarmou a todos. Apesar de trabalhar com bola ao lado grupo que vai disputar o início do Paulistão, ele faz trabalhos específicos com fisioterapeutas e preparadores físicos e não há pressa para sua estreia.

– Temos a compreensão da diretoria e do treinador para que esse prazo seja respeitado. Não podemos precisar sua estreia ainda, depende muito da reação a esses novos trabalhos.

A ideia é estar melhorando as condições físicas e funcionais do Pato. Tudo é uma questão de retomada de confiança – explica o fisioterapeuta corintiano.

Como começou a trabalhar no dia 12, o jogador vai seguir na pré-temporada ao lado dos titulares. Portanto, vê-lo em campo, participando de treinos técnicos não significa que ele esteja perto da estreia. Provavelmente, ela só ocorrerá no início de fevereiro.
Mazziotti ainda lembra que, para evitar lesões musculares, o trabalho de reabilitação com treinos especiais pode até durar o ano inteiro, se a necessidade for acusada pela comissão técnica.