José Mourinho tem chocado a Espanha com atitudes recentes, principalmente por ter barrado o capitão do Real Madrid, Iker Casillas, em dois jogos. Porém, não é a primeira vez que o técnico português toma decisões assim. Em 2007, ele entrou em conflito com John Terry, que foi decisivo na saída do Chelsea. Agora o ciclo se repete no Real e, aparentemente, Mourinho tem "cavado" o fim dos dias em Madri.
No Chelsea os problemas de Mourinho começaram com o dono do clube, Roman Abramovich. O magnata russo não gostava da lista de reforços elaborada por Mourinho, que tinha muitos atletas agenciados pelo empresário Jorge Mendes, como Paulo Ferreira, Maniche, Ricardo Carvalho e Bosingwa.
Por causa desse problema, Abramovich resolveu chamar Terry para que ele opinasse sobre a manutenção de Mourinho como técnico do Chelsea. A relação entre o capitão e o treinador não era boa, então o zagueiro pediu a mudança. Quando ficou sabendo da demissão, Mourinho enviou uma mensagem sarcástica ao celular de Terry, em que "agradeceu" a intervenção do jogador junto às hierarquias do clube londrino.
No Real Madrid a história tem sido parecida: diversas atitudes de Mourinho já vinham incomodando o presidente Florentino Pérez, como a briga pública com Alberto Toril, treinador do Real Madrid Castilla. Mas então veio o conflito com Casillas e ficou ainda mais clara a intenção de Mourinho em causar discórdia.
Algumas atitudes de Floretino Pérez até surpreenderam e acalmaram o ambiente no Real. Ele colocou, por exemplo, todas as principais estrelas do time para dar entrevista e assim agradar a mídia. Em oito dias, os titulares Iker Casillas, Cristiano Ronaldo, Sergio Ramos, Álvaro Arbeloa e Xabi Alonso falaram com os jornalistas e minimizaram o ambiente ruim. Mas a tendência é de mais confusão pela frente, já que em julho acontecerão eleições para presidente do Real Madrid.