A polícia norte-irlandesa prendeu um homem de 38 anos neste sábado por suspeita de tentativa de homicídio, depois de disparos de tiros em policiais durante protestos sobre a retirada da bandeira britânica da sede da prefeitura de Belfast, na Irlanda do Norte.
A polícia usou canhões de água contra mais de cem manifestantes que atiravam fogos de artifício, bombas de fumaça e tijolos, na na parte leste da cidade, logo depois de uma manifestação em frente à Prefeitura pedindo a bandeira fosse hasteada de novo, em caráter permanente.
Grupos pró-britânicos iniciaram os tumultos há um mês, após o conselho municipal, no qual os nacionalistas irlandeses são maioria, aprovar o fim da tradição de hasteamento da bandeira britânica na Prefeitura. Este é o período mais prolongado de contínua violência na cidade nos últimos anos.
A violência, interrompida durante o Natal, foi retomada na quinta-feira e 19 policiais ficaram feridos, elevando para 60 o número total de membros da corporação feridos desde o início de dezembro.
Os pró-britânicos culparam os nacionalistas católicos e anti-britânicos pelo conflito deste sábado, alegando que eles atacaram primeiro.
Militantes nacionalistas, responsáveis ​​pela morte de três policiais e dois soldados desde 2009, até agora não reagiaram com violência aos protestos pelo hasteamento da bandeira, evitando qualquer ameaça aos 15 anos de paz na Irlanda do Norte.
No entanto, o ministro que dirige a província controlada pelo governo britânico, Peter Robinson, disse na sexta-feira que os manifestantes estavam abrindo caminho para grupos nacionalistas que procuram explorar qualquer oportunidade "para promover seu objetivo de espalhar o terror".
Pelo menos 3.600 pessoas foram mortas durante o período mais sombrio da Irlanda do Norte, quando os nacionalistas católicos, que buscam a união com a República da Irlanda, enfrentaram as forças de segurança britânicas e protestantes determinados a manter a província sob o controle do Reino Unido.
A violência terminou quase por completo após o acordo de paz de 1998.