Vem do Zero Hora - lá do Rio Grande do Sul - uma reflexão sobre o fato do senador peemedebista Renan Calheiros ainda não ter oficializado sua candidatura à presidência do Senado Federal. Sem adversários e com o apoio do governo Federal e de parte da oposição, Renan Calheiros tem praticamente assegurado a cadeira da presidência da Casa.

Com o atual quadro montado, ele só perde a eleição para ele mesmo. Mas, mesmo assim Renan Calheiros tem se negado - como já dito neste blog - a falar do assunto. Diz que só tratará dele em fevereiro, quando chegar o momento.

Esta é a versão para a imprensa. Pois, as articulações não estariam em andamento sem o conhecimento de Renan Calheiros. Mais: sem a participação direta deste senador que sempre se destacou por ser tão bom conhecedor dos meandros da política.

Assim, o andar discreto e a poucas falas em relação ao tema não reflete um caminho - segundo o jornal Zero Hora - que começou a ser costurado em 2010. A matéria do jornalista Guilherme Mazui ainda classifica: “trabalho com êxito”.

É aí que chama atenção um dos parágrafos da matéria de Mazui: “O silêncio é estratégico. Renan teme que a imprensa relembre o escândalo que forçou sua saída ou traga denúncias capazes de inviabilizar a volta à presidência. Ele ocupou o principal cargo do Congresso de 2005 a dezembro de 2007, quando apresentou sua renúncia, abatido pelo escândalo batizado de ‘Renangate’”.

É, o google está aí para provar o peso destes anos para o senador Renan Calheiros. Mas, será este silêncio fruto mesmo de uma estratégia? Bem, há como negar que a reflexão feita pelo jornal Zero Hora tem sentido?

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