A equipe de reportagem do CadaMinuto fez uma retrospectiva dos principais assuntos que marcaram a vida dos alagoanos em 2012, destacando ações do estado, movimentos grevistas, operações de combate a criminalidade, futebol alagoano e outros assuntos que tiveram grande repercussão.

Desaparecidos

O ano de 2012 também foi marcado pelo desespero de famílias que conviveram com a falta de notícias de seus parentes desaparecidos. Entre a dezena de casos, a reportagem do CadaMinuto, destaca o sumiço da adolescente Roberta Dias, no município de Penedo.

Roberta desapareceu no dia 11 de abril, quando saiu de residência para realizar uma consulta pré-natal, em um posto de saúde localizado no bairro onde a família da jovem de 18 anos reside. Deste então, apenas o celular de Roberta foi encontrado em uma loja, mas sem nenhuma pista. O caso é investigado pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).

Outro caso de muita repercussão no estado foi o desaparecimento da universitária Bárbara Regina, ocorrido em setembro. A jovem de 21 anos foi vista pela última vez quando deixava uma boate, acompanhada de um homem, identificado pela Polícia, Otávio Cardoso, 25. Para a Polícia Civil, Bárbara está morta. Otávio é procurado pela Polícia acusado de homicídio e ocultação de cadáver. Outras duas pessoas estão presas acusadas de terem participado do crime.

Em Coruripe, o desaparecimento das amigas, Maria Eduarda dos Santos, 14, e Cíntia Santos da Silva 15, teve um desfecho trágico. As garotas saíram de suas residências, no dia 10 de maio, localizadas nas terras da Fazenda Areias, para ir à farmácia e não retornaram. Os corpos foram localizados após 10 dias, numa região de mata fechada. O suspeito do crime Raphael Lima está preso.

O desaparecimento de Sibele, de apenas oito anos, mobilizou parentes e amigos no mês de setembro, no município do Pilar. O corpo da criança foi encontrado 19 dias após em um canavial nas proximidades da Rua da Matinha, a poucos metros da casa em que a criança morava com familiares. Até hoje nenhum suspeito foi apresentado.

Plano de Segurança

Logo no início de 2012, um levantamento da organização não-governamental mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal ligada a ONU, classificou Maceió como a terceira cidade mais violenta do Mundo. Com os altos índices de violência e a morte do médico José Alfredo Vasco Tenório, no Corredor Vera Arruda no Stella Maris, ocorrida em maio, o Governo do Estado e o Ministério da Justiça anunciaram a implantação do Plano Nacional de Segurança Pública, em junho de 2012.

Vasco foi morto com um tiro durante um assalto quando voltava de uma caminhada na praia. O crime foi praticado por dois adolescentes, que roubaram a bicicleta da vítima. Nesse mesmo período, homens da Força Nacional foram enviados para o estado, junto com a Polícia Judiciária, que passou a auxiliar nas investigações e conclusão de centenas de inquéritos policiais acumulados.

As ações nas comunidades, onde apresentava um alto índice de violência, foram reforçadas como as bases comunitárias, nos bairros de Jacintinho, Vergel do Lago e Benedito Bentes. Recentemente, também fazendo parte do Plano, o Governo do Estado anunciou o monitoramento em toda a capital, que deve ser concluído em fevereiro de 2013.

Junto com o Plano de Segurança, veio a mudança no Comando da Polícia Militar e na direção da Polícia Civil. O então secretário adjunto da Defesa Social, o delegado Paulo Cerqueira, assumiu a PC. Na Polícia Militar, o coronel Luciano Silva deixou o comando, que foi assumido coronel Dimas Cavalcante, irmão de Dário Cesar.

Com o novo diretor da PC, houve uma mudança em toda a cúpula da instituição, com o retorno de delegados considerados da “Velha guarda”. Um dado positivo, dentro das ações do Plano de Segurança, foi à fiscalização da Lei Seca e redução no número de acidentes nas rodovias.

Concursos

Os concursos da Polícia Militar e da Polícia Civil foram metas apresentadas pelo governo, no Plano de Segurança. Para a PM foram destinadas 1040 vagas e contou com a participação de 38.184 candidatos, sendo 2.506 para as 40 vagas de oficiais combatentes e 35.678 para as mil vagas de soldados combatentes.

Já a Polícia Civil, foram 25 vagas para delegado, 50 vagas para escrivão de polícia e 150 vagas para agente da Polícia Civil que irão compor o Departamento de Homicídios de Maceió e de Arapiraca. Mesmo com o anúncio, os números de vagas publicadas no Diário Oficial do Estado não foi o suficiente para suprir a demanda existente.

Assalto a ônibus

A segurança dentro dos coletivos na capital foi um assunto bastante discutido entre o Comando de Policiamento da Capital (CPC) e o Sindicato dos Trabalhadores de Transporte de Alagoas (Sinttro). Em 2012 até o mês de novembro foram registrados mais de 500 assaltos. A empresa São Francisco registrou o maior número de roubos.

Um fato lamentável levou os rodoviários a paralisar todos os ônibus na capital. O motorista da empresa São Francisco, Josicler Santos de Galvão, 45, foi morto com um tiro durante um assalto, no bairro do Clima Bom.

Polícia Federal

A saída de Amaro Vieira da superintendência da Polícia Federal em Alagoas foi comemorada pelos servidores da instituição. A comemoração contou com um café da manhã e fogos de artifício.

No dia 23 de maio, o delegado paranaense Omar Gabriel Haj Mussi tomou posse como novo superintendente da Polícia Federal em Alagoas. A posse ocorreu no Centro de Convenções e foi prestigiada por diversas autoridades.

A primeira operação com Haj Mussi à frente da PF no estado foi o desdobramento da Operação CID-F. No dia 14 de dezembro, foram cumpridos mandados de condução coercitiva, prisão e busca e apreensão. Duas pessoas foram presas acusadas de participar de um esquema que tinha como base o pagamento ilícito de benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Julgamento do Caso Ceci Cunha

Durante quatro dias, os alagoanos acompanharam o julgamento dos acusados de assassinar a deputado federal Ceci Cunha. O crime ocorreu no dia 16 de dezembro de 1998, horas depois de ser diplomada. Ceci estava na residência de sua irmã, localizada no bairro Gruta de Lourdes, em Maceió, em companhia do marido, Juvenal Cunha, e da mãe de Iran, Ítala Maranhão, onde comemoraria a eleição, quando foi morta a tiros por pistoleiros. Todos morreram.

Após 13 anos de espera, a Justiça Federal condenou o ex-deputado Talvane Albuquerque, a 103 anos de prisão. Os assessores e seguranças de Albuquerque foram apontados pelo MPF como executores. Jadielson Barbosa condenado a 105 anos de prisão; Alécio César Vasco foi condenado a 87 anos; José Alexandre dos Santos foi condenado a 105 anos de prisão; Mendonça Medeiros foi condenado a 75 anos de prisão.

Corrupção

Em maio deste ano, todos os integrantes da Câmara de vereadores da cidade de Rio Largo tiveram a prisão decretada pela justiça, após a denúncia do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), sobre a venda irregular de um terreno. De acordo com o MP, o prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, teria vendido um terreno que vale cerca de 21 milhões a uma empresa pelo valor de R$ 70 mil. O negócio teria sido feito com o aval dos vereadores da cidade.

Durante as investigações, Toninho Lins também teve sua prisão decretada e foi preso. Ele ficou recolhido na Academia da Polícia Militar por mais de um mês. Mesmo com o escândalo, Toninho concorreu à reeleição em outubro e venceu o pleito.

Pesca Bagre

A operação Pesca Bagre ocorrida em 2009, sofreu uma reviravolta após a decisão do Superior Tribunal Federal (STJ) que anulou o processo contra três vereadores do município do Pilar. Os beneficiados foram os vereadores Patrícia Rocha, Damião dos Santos, o Tota, e Roberto Cavalcante, que foram reeleitos nas eleições deste ano.

A ação teve como objetivo o combate a irregularidades na Câmara, como aplicação indevida de verbas públicas, falhas e fraudes em licitações.

Guabiru

Em novembro deste ano, o Tribunal Regional Federal da 5.ª Região, no Recife, condenou quatro prefeitos alagoanos, presos na Operação Guabiru, a 12 anos e 6 meses de reclusão pelos crimes de quadrilha, corrupção e desvio de verba pública.

Os condenados foram Carlos Eurico Leão e Lima, o "Kaíka" (Porto Calvo), Fábio Apóstolo de Lira (Feira Grande), José Hermes de Lima (Canapi) e Neiwton Silva (Igreja Nova). Os réus faziam parte de uma organização criminosa montada, entre os anos de 2001 e 2005, para desviar recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e outras verbas do Ministério da Educação, destinadas à aquisição de merenda escolar.

Operação Taturana

Em dezembro, a força-tarefa do Tribunal de Justiça de Alagoas condenou 12 políticos envolvidos no esquema que desviou cerca de R$ 300 milhões da Assembleia Legislativa de Alagoas, a perda do cargo público e devolução do dinheiro ao erário. Entre os condenados estão; O atual prefeito de Maceió, Cícero Almeida, os deputados estaduais, João Beltrão, Nelito Gomes de Barros, os deputados federais, Arthur Lira e Paulão, o presidente eleito do TC-AL, Cícero Amélio e os ex-deputados; Maria José Viana, Adalberto Cavalcante, Dudu Albuquerque, Fernando Gaia, Celso Luiz e Marcos Ferreira.

Tornozeleira eletrônica

2012 foi o ano do monitoramento eletrônico para políticos e ex-políticos acusados de crimes em Alagoas. Após ficar preso por mais de um ano, o ex-deputado federal Francisco Tenório ganhou a liberdade vigiada no dia 16 de fevereiro. Chico foi preso em 2011, em Brasília, por agentes da Polícia Federal, acusado de ser o autor intelectual do assassinato do ex-cabo da PM José Gonçalves da Silva Filho, ocorrido em 1996.

O irmão de Chico Tenório, o ex-deputado estadual José Maria Tenório também ganhou liberdade vigiada em fevereiro deste ano. Zé Maria foi preso por determinação do Gecoc acusado de envolvimento no assalto à agência do Banco do Brasil, em Boca da Mata, em 26 de outubro de 2007. A prisão aconteceu em 2011, no momento em que o ex-parlamentar visitava o irmão na Casa de Custódia.

Outro político também vigiado foi o ex-prefeito do município de Traipu, Marcos Santos, preso em 2011, após ser denunciado pelo Ministério Público por oito crimes. Marcos Santos ficou foragido por quase dois meses, depois que a Polícia Federal desencadeou a Operação Tabanga. O prefeito era acusado de comandar um esquema que desviou verbas públicas relacionadas com a Educação, cujo montante chega a R$ 8 milhões.

A ex-prefeita de Anadia, Sânia Tereza também recebeu o benefício do monitoramento e deixou o presídio Santa Luzia, onde cumpria pena acusada pela morte do vereador Luiz Ferreira, ocorrida em 2011.

Futebol

O ano de 2012 foi marcado pelo rebaixamento do CRB para a Série C do Campeonato Brasileiro. No dia 24 de novembro, quase um ano após o acesso do Galo da Pajuçara à Segunda Divisão do torneio, o time, atual campeão alagoano, voltou para a Série C da competição.

O CRB venceu o ASA por 4 a 2, mas a combinação de resultados dos adversários não favoreceu o Galo que, em 2013, disputará a Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro.

Greves

O ano de 2012 foi marcado por uma série de greves em diversos setores da economia, educação e saúde em Alagoas. Em fevereiro enfermeiros e dentistas inseridos no PSF (Programa de Saúde da Família) do município de Pilar paralisariam suas atividades em razão de atrasos salariais. No dia 10 de março, servidores do Hospital do Açúcar, entraram em greve. Após várias reuniões com a direção, os funcionários decidiram suspender a greve no dia 14.

A educação também sofreu com a paralisação das atividades. No dia 23 de março os professores da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) entraram em greve. A paralisação durou aproximadamente um mês.

A educação superior sofre mais uma vez em Alagoas e os professores da Ufal entram em greve por tempo indeterminado. A greve que atingiu diversas universidades do Brasil foi encerrada depois de 100 dias de paralisação.

Os servidores da Perícia Oficial de Alagoas decidiram parar no dia 19 de junho. A motivação foi à falta de condições técnicas e estruturais de trabalho e o não cumprimento por parte do Governo de Alagoas em relação às promessas feitas à categoria.

Em pleno ano eleitoral, em julho, os servidores da Justiça Eleitoral deflagraram greve. Mesmo com uma paralisação relâmpago dos servidores, partidos políticos e coligações conseguiram normalmente registrar seus candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador nas eleições de 7 de outubro.

Dois dias depois de a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) ter lançado o indicativo de greve, a categoria em Alagoas decidiu aderir à paralisação no dia 7 de agosto. Agentes, escrivães e papiloscopistas aprovaram, por unanimidade, parar as atividades. Por conta da decisão da justiça a categoria voltou às atividades durante o pleito. A paralisação durou pouco mais de dois meses.

Os servidores do Judiciário Federal e do MPU de Alagoas decidiram pela greve por tempo indeterminado a partir do dia 20 de agosto.

As negociações entre os servidores do Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (Samu) e o Governado do Estado não avançaram. No dia 16 de agosto, a categoria anunciou uma nova greve por tempo indeterminado, após realizar uma paralisação de advertência.

A Polícia Rodoviária Federal entrou em greve e reivindicou junto ao governo federal reajuste salarial, a realização de concurso público para contratação de novos policiais e reestruturação da carreira. A categoria voltou às atividades normais no dia 28 de agosto.

Também no dia 28, os servidores do Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas aderiram à greve nacional da categoria pela aprovação do projeto de Lei que garante a recomposição salarial e valorização profissional da categoria, que está há seis anos sem reajuste.

A paralisação dos bancários em Alagoas que começou no dia 18 de setembro teve 100% de adesão nos bancos estatais e privados, na capital e no interior.

Em assembléia realizada em setembro, os trabalhadores dos Correios paralisaram suas atividades. A greve se encerrou no dia 26 do mesmo mês.

Os servidores da rede estadual de Educação cruzaram os braços no dia 13 de novembro. Oito dias depois a Justiça decretou a ilegalidade da greve obrigando o retorno aos trabalhos.

Alagoas amanheceu com um novo caos na saúde pública no dia 11 de dezembro. Os servidores paralisaram 100% dos serviços nos Mini-Pronto Socorros e no Hospital Geral do Estado (HGE), apenas 30% dos serviços de emergência foram mantidos. Após reunião da categoria, médicos legistas encerram greve no IML. Em assembleia geral, realizada no dia 19 de dezembro terminou a paralisação.

Zona Azul

A volta da Zona Azul e alto valor cobrado para estacionar em Maceió geraram muita insatisfação entre os usuários, em 2012. O caso foi denunciado no Ministério Público, que promoveu uma ação contra instalação da Zona Azul. Diante dos fatos o prefeito Cícero Almeida voltou atrás e cancelou a licitação.

Na mesma época, os usuários do transporte público sofreram com o aumento da passagem, que passou de R$2,10 para R$ 2,30.

Racionamento de água

Com a seca, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) anunciou em novembro o sistema de rodízio na distribuição em Maceió. Além da capital, as cidades como Arapiraca, Feira Grande, Campo Grande, Lagoa da Canoa, São Brás, Coité do Nóia, Craíbas, Igacy, Olho D’água, Girau do Ponciano, Palmeiras dos Índios, Santa Luzia do Norte, Messias e Satuba, também foram afetadas.

Política

A sociedade alagoana assistiu em 2012 episódios políticos que ficarão marcados para sempre no enredo local. As negociações da disputa transcenderam os bastidores e foram expostos na vitrine. Apesar dos pontos negativos, os últimos doze meses mostraram também a ruína de grupos poderosos que há décadas dominavam territórios políticos. Mesmo saindo de um período eleitoral já há sinais que 2014 é ano da disputa pelo senado entre Fernando Collor de Melo e Teotonio Vilela começa a mostrar o tom da campanha.

Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL)

A Justiça Eleitoral foi um assunto bastante comentado desde o início do ano. O recadastramento biométrico foi palco de muita confusão durante meses, principalmente no final do período ofertado aos maceioenses. Por diversas vezes, a Avenida Fernandes Lima foi fechada na tentativa de obter maior fluidez no trabalho dos servidores do TRE.

O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e candidato derrotado à Prefeitura de Maceió foi um personagem da Justiça Eleitoral. Uma dívida de campanha, que até hoje ele nega que não tenha pago, o impediu de disputar a Prefeitura. Antes mesmo do julgamento do mérito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele apontava para um conluio no pleno do TRE em desfavor do seu grupo.

A cassação do mandato do deputado João Henrique Caldas (PTN) ‘pelo crime de abuso do poder religioso’ repercutiu nas mídias alagoanas, principalmente fora do estado. Por meio de um liminar, o parlamentar obteve o sue mandato de volta e a decisão monocrática do TSE criticava duramente a decisão do Pleno alagoano.

Tribunal de Contas de Alagoas (TCE/AL)

Abençoado pelo deputado Antonio Albuquerque (PT do B) o ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas Cícero Amélio conseguiu chegar à presidência da corte, desbancado fortes candidatos. A Operação Rodoleiro realizada pela Polícia Federal no TCE desbaratou uma quadrilha e descobriu um rombo milionário nas contas.

Atentado à bomba

A rádio do suplente de deputado federal, João Caldas (PEN), explodiu durante o período eleitoral na cidade de União dos Palmares. O ataque à imprensa trouxe os olhos do Brasil, mais uma vez, para Alagoas. As investigações concluíram que houve um atentado, mas não conseguiu identificar os acusados. O parlamentar aponta para um grupo tradicional de União.

Com o mandato novamente

Após passar meses presos numa cela, o suplente de deputado Federal Chico Tenório deve, finalmente, reassumir uma cadeira na Câmara Federal. Ele vai herdar a vaga da prefeita eleita em Arapiraca, Célia Rocha (PTB). O tema foi debatido constantemente antes do período eleitoral.

Eleição da OAB/AL

Foi necessária uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil desembarcar no estado para tentar esfriar os ânimos dos candidatos que disputavam o pleito. Nas redes sociais, havia constante troca de acusações e farpas entre os candidatos e membros das chapas adversárias. A disputa chegou ao fim com a divulgação de um áudio bomba que comprovaria que o atual grupo da seccional Alagoas teria objetivo de comprar anuidade de advogados.

Câmara de Maceió

Uma indefinição jurídica deve levar para 2013 uma antiga discussão que os vereadores da Câmara de Maceió deveria ter colocado ponto final. O aumento de cadeiras, de 21 para 31, deverá ser resolvido na Justiça. Há uma série de decisões que deixa ansioso um grupo de 10 vereadores.

Assembleia Legislativa de Alagoas e Ministério Público de Contas

Deve ficar também para 2013 a decisão judicial que vai definir de quem é a vaga deixada pelo conselheiro aposentado Isnaldo Bulhões no Tribunal de Contas. O Pleno do Tribunal de Justiça já disse que é do MP de Contas, porém, a Assembleia não concorda.

Ministério Público de Alagoas

O trabalho dos promotores do MPE trouxe frutos em diversas operações durante o ano. Em Rio Largo, o prefeito Toninho Lins (PSB) foi afastado e chegou a ser preso. Em Maragogi, o prefeito Marquinhos Madeiras (PTB) é procurado pelo Polícia acusado de várias fraudes. O trabalho do MP é reconhecido pela população e recentemente foi ressaltado, também, pelo governador Teotonio Vilela Filho.

Gari atropelado por motorista bêbado

O gari Pedro Bernado da Silva Filho, 26 anos, foi atropelado por João Paulo Barbosa Silva, no dia 27 de março, enquanto trabalhava na Avenida Dona Constança, no bairro da Jatiúca em Maceió, fazendo a limpeza urbana.

Quinze dias após teve a perna esquerda amputada, enquanto a direita teve fratura múltiplas, sendo necessária a realização de alguns cirurgias e a colocação de pinos, sem previsão de retirada. Ele chegou a ser transferido para o Hospital do Açúcar onde precisou passar por uma raspagem.

Pedro Filho teve ainda o apoio de internautas que, pelas redes sociais, divulgaram uma campanha em benefício do então gari que passou por algumas dificuldades, como a aquisição de alimentação para seus acompanhantes, assim como a compra de matérias de higiene pessoal, incluindo fraldas geriátricas.

Explosão da Deic

Uma explosão que ocorreu dentro da sala de munições da sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), localizada na Ladeira dos Martírios, e vitimou fatalmente a policial Amélia Lins Costa Dantas e deixou 8 pessoas feridas sendo 4 que estavam no prédio e 4 transeuntes, no dia último dia 20 de dezembro.

O abalo foi sentindo nos bairros do Centro e Trapiche. Comerciantes na região do Farol afirmaram que lojas e clínicas tiveram os vidros estraçalhados. Mais de 100 imóveis foram atingidos.

A liberação de energia proveniente da explosão causou danos no prédio da Deic e outros em seu entorno envolvendo 4 quarteirões e 5 ruas com avarias em 110 edificações segundo Relatório de Avaliação Preliminar de Danos (AVADAN) da Defesa Civil Estadual – DC.

Os principais danos foram relacionados a estrutura física dos imóveis como: teto, forros, portas, vidraças, esquadrias, rachaduras em paredes, caixas d'água, entre outros.